População cresce mais em Sobradinho

População cresce mais em Sobradinho do que em outras regiões

Levantamento de 2013 a 2015 revela também aumento do número de pessoas que passou a trabalhar mais perto de casa

Kelly Crosara, da Agência Brasília

18 de agosto de 2015 – 09:45

Foto: Renato Araújo/Agência BrasíliaPopulação cresce mais em Sobradinho do que em outras regiões

Perfil de Sobradinho Final

Atualizado em 18 de agosto de 2015, às 12h37.

Sobradinho ganhou 9.527 novos moradores de 2013 a 2015, uma taxa média geométrica de crescimento anual da população de 3,73% no período. O dado, considerado uma surpresa pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), faz parte da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad), divulgada nesta terça-feira (18). Essa é a primeira vez que o levantamento é apresentado na própria região administrativa.

Esse foi o maior porcentual entre outras seis localidades pesquisadas neste ano — Santa Maria (0,97%), Planaltina (1,08%), Brazlândia (1,13%), Paranoá (1,91%), Recanto das Emas (2,24%) e Gama (2,54%). A população urbana estimada em Sobradinho é de 68.551 habitantes. Em 2013, era de 59.024.

O presidente da Codeplan, Lucio Rennó, afirma que a migração de pessoas justifica, em parte, o aumento populacional expressivo em Sobradinho. De acordo com o estudo, 22,66% dos moradores vieram de outras regiões. Desse total, 23,24% são originários do Plano Piloto e 19,62% de Planaltina.

De acordo com o levantamento, a maioria dos moradores (54,55% ou 37.397) é do sexo feminino. Os homens, que representam 45,45% (31.154), aparecem como responsáveis por 66,29% (13.860) dos domicílios, enquanto as mulheres respondem por 33,71%. Do total, 62,27% declararam-se católicos e 15,73%, evangélicos.

Mais perto de casa
A pesquisa também revelou a descentralização dos postos de emprego. Entre os trabalhadores residentes em Sobradinho, 44,86% (12.545) trabalham na própria região, enquanto 39,31% (10.992), no Plano Piloto. Em 2013, esse último índice era de 41,12%.

“Isso quer dizer que a região criou mais empregos internos, o que reflete no baixo índice de informalidade encontrado no levantamento”, ressalta Lucio. Nas demais regiões que foram alvo do estudo, o número de pessoas que trabalham sem carteira assinada praticamente dobrou.

A informalidade também apresentou queda. Os empregados sem carteira de trabalho somam 6,73% neste ano, contra 7,5% em 2013. Quanto à ocupação, 44,9% (27.570) têm atividades remuneradas — pessoas acima de 10 anos de idade. O setor que mais se destacou foi o de serviços (93,8%).

Renda
A renda domiciliar média apurada na pesquisa alcançou R$ 5.596,77 e a per capita, R$ 1.775,79. Os moradores com renda de mais de dois a dez salários mínimos representam 54,69% e os com mais de dez a 20, 17,76%. Em 6,19% dos domicílios foram encontrados moradores que vivem com rendimentos acima de 20 salários.

Em relação à posse de bens, equipamentos e serviços, 73,29% dos domicílios ocupados têm internet e 57,29%, TV por assinatura. Na pesquisa constatou-se que 44,86% das residências têm televisão tradicional e 78%, TV de tela plana. Na região, 54,14% contam com notebook/netbook e 54%, com microcomputador.

Quanto ao nível de escolaridade, 29,96% da população concentra-se na categoria dos que têm ensino fundamental incompleto, seguida pelo médio completo: 23,36%. Aqueles com nível superior completo, incluindo mestrado e doutorado, representam 18,31%. Analfabetos na região são 1,83%.

Domicílios
Das residências, 75,42% são casas e 22,71%, apartamentos. Quanto à condição de ocupação, 68,86% dos lares são próprios e 24%, alugados. O número estimado de moradias urbanas é de 20.909, e a média de pessoas por unidade é de 3,28.

A quase totalidade dos domicílios (96,43% ou 20.162) conta com o abastecimento de água pela rede geral e 99,86% (20.879), com fornecimento de energia elétrica. Em relação ao esgotamento sanitário, 82,86% dos lares drenam seus esgotos na rede geral de coleta. Iluminação pública, ruas asfaltadas, meios-fios e calçadas estão presentes em mais de 90% dos domicílios.

Transporte
O meio de transporte mais utilizado pelos moradores para ir ao trabalho é próprio (46,68% ou 13.055), seguido pelos que usam ônibus: 32,48% (9.080). A pé deslocam-se 15,28% (4.271). Na localidade, 82,41% têm automóvel; 25,14%, bicicleta; e 7,85%, motocicleta.

Para o administrador de Sobradinho, Divino de Oliveira Sales, o resultado da pesquisa foi animador. “Estou otimista em relação à região que apresentou infraestrutura consolidada, renda média alta, grau de escolaridade elevado e redução da informalidade. Esse retrato nos dá combustível para continuarmos trabalhando ainda mais.”

Também estiveram presentes na divulgação o diretor de Estudos Urbanos e Ambientais, Aldo Paviani, e a gerente de Pesquisas Socioeconômicas, Iraci Moreira Peixoto.

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