Governo pode recuar sobre derrubadas, em Vicente Pires, programadas para a semana

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Foto: Divulgação

Deputados se revoltam com anúncio de novas derrubadas na cidade, cobram cumprimento de acordo feito com o governador e ameaçam obstruir trabalho na Câmara

Da Redação Radar Condomínios – Caso o governador Rodrigo Rollemberg insista em manter a ordem de serviços para derrubar as mais de 50 casas da Chácara 94, localizada na Rua 3 de Vicente Pires, e não manter o acordo feito no dia 6 de agosto com um grupo de deputados distritais, a Câmara Legislativa entrará em obstrução. O recado teria partido da própria presidente da CLDF, Celina Leão (PDT), nesta sexta-feira (11) logo após o Radar ter publicado a noticia de que ocorreriam as operações de derrubadas na próxima segunda-feira em Vicente Pires.

As ameaças de obstrução da pauta pelos distritais, ou seja, não votando nenhum projeto de interesse do governo, teria levado o governador Rodrigo Rollemberg a desautorizar a presidente da Agefis, Bruna Pinheiro de realizar as operações de derrubadas contra a Chácara 94.

O deputado Bispo Renato (PR), presidente da CPI dos Transportes, e o relator Raimundo Ribeiro (PSDB), que defendem um amplo debate com o governo em busca de uma alternativa que resolva o grave problema fundiário da região de Vicente Pires, afirmaram que não votarão a favor do crédito suplementar de R$ 54 milhões, pedido pelo governador Rollemberg, para custear o sistema de transportes públicos do DF.

O debate que a Câmara Legislativa quer fazer sobre esse tema, na visão dos deputados, é sobre o porque o Governo de Brasília, que emprega a violência contra quem adquiriu um lote de boa-fé e construiu a sua casa autorizada pelo GDF, como foi o caso dos moradores da Chácara 200 de Vicente Pires, e esse mesmo governo nunca quis saber de identificar e punir severamente os grileiros que vendem abertamente terras publicas cujo esquema tem seus tentáculos dentro do próprio GDF e dentro de alguns cartórios de registros de imóveis.

Os distritais consideram que o Buriti deveria reforçar as políticas de prevenção atacando o mal pela raiz. O deputado Ricardo Vale (PT) acha, por exemplo, que o governo deveria reencaminhar à Câmara os projetos de PPCUB e LUOS, para que a questão fundiária possa ter uma solução definitiva em todo DF.

Os projetos estavam na Câmara para votação no primeiro semestre, mas o Buriti retirou ambos para reavalição. A vice-presidente da Câmara Legislativa, Liliane Roriz (PRTB) considera que o governo poderia ter oferecido aos moradores de Vicente Pires a alternativa de comprar lotes em regiões regulares. Nesse sentindo, a parlamentar sugeriu que o governo determine um prazo para que as famílias possam fazer a aquisição e a mudança.

Agaciel Maia (PTC) questionou a transparência do governo. “Os órgãos do governo precisam criar um critério linear e transparente nos procedimentos quanto a derrubada de invasões. Todos os deputados são contra invasões. Agora o critério discricionário de derrubar A, B ou C é que os deputados estão questionando”, explicou.

Diante da forte reação da CLDF, o governador estaria propenso a recuar sobre as operações de derrubadas previstas para a próxima segunda-feira. “Ele não cumpre nada o que diz”, rebate o deputado Wellington Luiz (PMDB), que fez parte da comissão de deputados e moradores durante a derrubada da Chácara 200 de Vicente Pires, momento em que ficou acordando entre o governo e o Legislativo que nada seria derrubado em Vicente Pires sem antes criar alternativa para resolver o impasse. Vicente Pires vai continuar em estado do alerta.

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