Chiquinho da UnB corre risco de perder a livraria

Chiquinho Livreiro

Cada vez mais, espaços culturais em Brasília perdem respeito e espaço

Chiquinho, que desde 1983 toca o próprio negócio no campus Darcy Ribeiro, foi visitado pelo reitor Ivan Camargo que sugeriu a relocação da livraria para outro espaço.

postado em 19/12/2015 07:32

Vanessa Aquino

Para Ivan Presença e Francisco Joaquim de Carvalho, o Chiquinho da UnB, o ofício de livreiro vai além do comércio. Amantes da leitura e da cultura, cedem seus espaços para a realização de eventos e trocas ilustradas. Em uma cadeira, em frente ao Quiosque Cultural no Conic, Ivan oferece raridades aos transeuntes e recebe para papos descontraídos artistas e escritores que o visitam com frequência.

Chiquinho se considera um assessor bibliográfico dos estudantes da Universidade de Brasília. Mais que vender livros, ele personaliza a venda. Porém esses dois livreiros, os últimos de Brasília, correm o risco de serem retirados dos locais que ocupam. A Livraria do Chico foi abraçada em manifestação de alunos e professores, há pucos dias, e, hoje, às 15h, artistas se reúnem no Conic em protesto para que Ivan permaneça

no local.

Fotos; Divulgação

No último dia 2, Ivan Presença recebeu uma carta da Terracap com prazo de 30 dias para a desocupação do imóvel que abriga os livros raros e esgotados, no Conic. E Chiquinho, no início de novembro, foi visitado pelo reitor Ivan Camargo que sugeriu a relocação da livraria para outro espaço. O livreiro, que desde 1983 toca o próprio negócio no campus Darcy Ribeiro, ficou abalado com a notícia. A luta desses dois personagens icônicos da história cultural de Brasília se transformou em motivo de mobilização da classe artística da cidade e de estudantes e funcionários da UnB. A história dos dois, inclusive, é tema do documentário Profissão livreiro, do cineasta Pedro Lacerda.

Uma vida dedicada ao livro

Natural de Picos, no Piauí, Chiquinho chegou em Brasília em 1970. Trabalhou como engraxate e jornaleiro em Sobradinho. Aprendeu a conhecer a personalidade dos leitores. “Sempre me adaptei ao interesse do leitor. Em 1979, fui trabalhar na livraria Galilei, e isso foi muito importante na minha vida, no sentido de aprender o ofício de livreiro. O proprietário tinha um conhecimento incalculável e, durante à noite, eu sonhava com ele falando sobre Machado de Assis, Graciliano Ramos e Guimarães Rosa, além de autores portugueses.

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