Câmara Legislativa celebra os 49 anos da estação ecológica de Águas Emendadas

Por iniciativa dos deputados Wasny de Roure (PT) e Claudio Abrantes (sem partido), a Câmara Legislativa realizou, na manhã desta sexta-feira (25), sessão solene em comemoração aos 49 anos da Estação Ecológica de Águas Emendadas. A solenidade aconteceu na sede da estação – que fica a cinco quilômetros do centro de Planaltina – e contou com a presença de parlamentares, autoridades do governo, ambientalistas e representantes da comunidade.

Criada em 12 de agosto de 1968, a estação ecológica permitiu que um pedaço do Cerrado virgem continuasse intocado. Mas, nos últimos anos, o local vem sofrendo com pressões externas. Situada próximo a Planaltina, há cerca de 50km da cidade de Brasília, esta unidade se encontra sob gestão do Instituto Brasília Ambiental (IBRAM), sendo submetida a um regime de visitação controlada. A unidade tem área de 10.547 hectares, sendo destinada a proteção do ambiente natural, realização de pesquisas básicas e aplicadas no campo da ecologia e à educação ambiental, com ênfase nos aspectos conservacionistas.

Data do século XIX, dos registros realizados pela então comissão Cruls, as primeiras menções às características da área. Luis Cruls comandou missão exploradora do Planalto Central e as manifestações datam do ano de 1892. Um século depois, a Unesco registrou e declarou a gleba como área nuclear da Reserva da Biosfera do Cerrado.

A estação é considerada uma das reservas de Cerrado mais importantes do Brasil. No entanto, ambientalistas alertam que ela está sendo cada vez mais asfixiada pelo entorno. As ameaças são o crescimento urbano, o parcelamento do solo e a ocupação das áreas próximas com culturas agrícolas intensivas.

Riquezas naturais – A estação de Águas Emendadas tem esse nome por se tratar de um fenômeno hidrográfico de dispersão de águas, fluindo a partir de um mesmo ponto para lados opostos, formando a Bacia do Tocantins-Araguaia e a Bacia platina. Para o norte, o córrego Vereda Grande alimenta o Rio Maranhão, o qual, após desaguar na lagoa da barragem de Serra da Mesa, continua pelo Rio Tocantins que, após se juntar ao Rio Araguaia, deságua no Oceano Atlântico, na Baía do Marajó; para o sul, o Córrego Brejinho engrossa o Córrego Fumal, que deságua no Rio Pipiripau e que, após confluir com o Rio Mestre d’Armas, forma o Rio São Bartolomeu, o qual, por sua vez, corre para o Rio Corumbá e deste para o Rio Paranaíba, formando então o Rio Paraná, indo finalmente desaguar no estuário do Prata.

A vegetação é de várzea grande, cerrado, campo cerrado, capo sujo, campo limpo, mata de galeria alagada e não alagada, veredas, campo úmido e campo de murundum.

Um grande número de animais do Cerrado pode ser encontrado dentro da área da Estação de Águas Emendadas; entre eles, alguns mamíferos ameaçados de extinção, como o lobo-guará, o veado-campeiro, o tamanduá-bandeira e o tatu-canastra. Também podem ser encontradas várias aves incomuns como tucanos, papagaios, carcarás e seriemas.

A importância da estação ecológica e a necessidade de preservação de suas riquezas naturais foram ressaltadas pelos participantes durante a sessão solene. Além dos deputados distritais Wasny de Roure e Cláudio Abrantes, estiveram presentes a presidente do Ibram, Jane Vilas Bôas; o administrador regional de Planaltina, Vicente Salgueiro, e o representante do Batalhão Ambiental, major Genilson.

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