A 9º edição do Fórum de Aprendizagem Profissional do DF, realizado pelo Instituto Fecomércio (IF), debateu o assédio moral no ambiente de trabalho. As psicólogas do IF, Beatriz Ramos e Luísa Miranda, palestraram para 100 jovens aprendizes da instituição, no auditório da Fecomércio, nesta terça-feira (19). Elas destacaram que 50% dos brasileiros são atingidos por esse tipo de assédio durante a rotina de trabalho, indicando um alto índice deste problema no País.

208A coordenadora de integração empresa-escola do IF-DF, Regina Malheiros, abriu o fórum e falou um pouco sobre o trabalho do Instituto, que tem a missão de contribuir para o fortalecimento, crescimento e desenvolvimento sustentável das empresas e do empreendedorismo no DF, além de capacitar os jovens para o mercado de trabalho.

As palestrantes ressaltaram algumas características de assédio moral, que muita das vezes, pode passar despercebidas pelo profissional. Elas destacaram que as mais frequentes são: retirar a autonomia do funcionário, onde a pessoa não pode realizar o seu trabalho sem ser controlada. Outro ponto abordado foi a de o chefe contestar frequentemente as decisões do funcionário, além de sobrecarregar as atividades do profissional mais do que a dos outros colegas.

“Outro ponto a ser observado é a questão de manipular informações, onde toda a equipe é informada sobre uma reunião, por exemplo, mas um funcionário em específico não é, só para prejudicar. Determinar um prazo curto para a realização de um trabalho, só para criticar depois, vigiar excessivamente, virar um sentinela atrás do funcionário. Esses são só alguns exemplos de assédio dentro do ambiente de trabalho”, explicou a psicóloga Beatriz Ramos.

A psicóloga Luísa Miranda, disse que o assédio moral é um assunto mais sério do que parece. Ela diz que já teve um paciente de 24 anos que queria se suicidar por causa de assédio moral no trabalho. Ela também explicou que é muito comum que a pessoa seja isolada dos demais colegas, muito por conta do coordenador não achar a opinião dela interessante, deixando o profissional de lado, algo que também se caracteriza como um tipo de assédio moral. “Nessa situação de crise as pessoas não pedem demissão até por não conseguir outro emprego, então elas acabam aturando esse comportamento. Algumas empresas utilizam isso como desculpa para não melhorar as condições de trabalho”, disse Luísa.

Também foi entregue aos jovens uma cartilha sobre assédio moral no serviço para orientação e esclarecimento. Os jovens também fizeram uma apresentação cultural, simulando uma situação de assédio. Daniel Alcantara, da Fecomércio