A expectativa do empresariado de comércio e serviços do Distrito Federal para as vendas do Natal de 2017 é positiva em comparação com o mesmo período do ano passado. É o que aponta a pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio. Segundo o levantamento, 72,5% dos comerciantes apostam que em dezembro deste ano as vendas serão maiores do que em 2016, enquanto 17,9% esperam vendas iguais e apenas 9,7% acreditam em vendas menores. De acordo com a estimativa de vendas para o Natal de 2017, o índice aponta para previsão de crescimento nas vendas de 19,81% em relação ao ano anterior, quando a expectativa foi medida em 11,7%.

Para realizar esse estudo o Instituto Fecomércio pesquisou 15 segmentos entre lojas de ruas e de shoppings, totalizando 403 empresas consultadas. Todos os segmentos demonstraram previsão de crescimento: Livraria/Papelaria (35,33%); Cama, mesa e banho (33,80%); Calçados e Acessórios (30,00%); Perfumaria/Cosmético (27,88%); Chocolataria (22,00%); Joias/Semijoias/Bijuteria (22,00%); Artigos de Armarinho/Loja de utilidades (21,43%); Lojas de brinquedos (18,33%); Vestuário/Acessórios (14,70%); Restaurantes (13,15%); Eletroeletrônico (12,75%); Material Esportivo (11,19%); Relojoaria/Ótica (8,83%); Agência de Viagem (6,00%) e Floricultura/Cestas (3,57%).

O presidente da Fecomércio, Adelmir Santana, ressalta que os lojistas registraram a melhor e maior expectativa de vendas dos últimos 5 anos para o Natal (72,5%), ficando superior inclusive ao ano de 2012 (51,7%), período anterior à crise econômica do país. “Diante de um consumo um pouco mais aquecido, pela injeção de novos recursos na economia local, pelo controle inflacionário ou pela estabilidade das taxas de empregos, isso permitiu uma confiança maior pelo empresário na sua projeção de vendas. Esse resultado derivou do deslocamento daqueles lojistas que antes acreditavam num resultado igual ao ano anterior e agora preferem apostar em um resultado mais positivo e crescente, diante da conjuntura política e econômica mais estável”, aponta Adelmir.

“Além disso, Natal é a principal data comemorativa de vendas para o comércio e mesmo com a crise o brasiliense não deixa de presentear familiares e amigos”, acrescenta o presidente da Fecomércio. Ainda segundo ele, a injeção do décimo terceiro na economia é benéfica para os empresários, que sempre conseguem atrair os consumidores com promoções, descontos e parcelamentos. O preço médio do presente vai variar de acordo com o segmento, mas a média ficará em R$ 150, conforme a pesquisa.

No quesito estratégias para o período, 81,9% pretendem usar estratégias para alavancar suas vendas, preferencialmente por: Divulgação, Propaganda em Rede Social (45,2%) e Promoção (40,9%). Já em relação aos estoques, em 2017, 52,6% dos lojistas apresentam expectativa de aumento de seus estoques para o Natal deste ano. Em 2016, apenas 39,7% dos lojistas esperavam aumentar o estoque, o que sugere um Natal em 2017 com maior giro de mercadorias e renovação de itens, aumentando assim a atratividade do consumidor. Os lojistas em 2017 esperam, em média, aumentar seus estoques em +14,37% em relação a 2016 que registrou apenas +8,88%.

Consumidor

A maioria dos consumidores brasilienses está disposta a comprar presentes para comemorar o Natal. O levantamento do Instituto Fecomércio ouviu 400 pessoas entre 18 e 60 anos. De acordo com o estudo, 53,5% dos entrevistados têm a intenção de comprar produtos para presentear neste Natal, 40% não tem intenção e 6,5% ainda não sabem. Entre os motivos declarados pelos clientes que não pretendem realizar compras no Natal, mais da metade destes (65%), declarou que ainda estão em dificuldades financeiras, índice maior que o afirmado em 2016 (63,2%). Esse fator indica que o poder de consumo das famílias ainda não retornou ao patamar de antes da crise, mostrando-se apenas estável, mas sem margens para consumos extras.

Nesse Natal, as escolhas do consumidor indicam produtos como Vestuário e Acessórios com 65,4% da preferência, seguido de Brinquedo com 33,3% e Calçados/ Acessórios com 32,9%. O gasto médio estimado com presentes pretendidos pelos consumidores, que declararam intenção de compras, foi de R$ 293,70.

Quanto à forma de pagamento, 66,80% dos consumidores vão optar pelo pagamento à vista na compra para o Natal. Essa preferência indica que os limites de créditos continuam restritos forçando o consumidor a optar por pagamentos que possam ser comportados pela sua disponibilidade atual, mesmo no caso de famílias que estão aumentando o seu poder de compra, visto que não querem gerar novas dívidas. Esse comportamento poderá ser um limitador para as vendas de maior valor, contudo, o lojista poderá trabalhar a venda dentro da disponibilidade do consumidor, com ofertas e promoções que caibam no bolso do cliente, promovendo assim, condições para compras mais significativas.

Quanto à experiência de consumo, o consumidor aponta o desconto/promoção em 49% como principal fator de indicação de uma loja, contudo, quando analisado os fatores que influenciam no índice de rejeição, ou seja, desistência pelo consumidor na compra de algum produto em determinada loja antes mesmo de sair de casa, a razão apontada foi “relacionamento ruim com o vendedor / gerente”, por 38,5%. Daniel Alcantara,da Fecomércio