A Bovespa opera em baixa nesta terça-feira (9), puxada, entre outras, pela queda das ações da Petrobras.
Às 13h11, o Ibovespa recuava 0,88%, a 49.832 pontos. Veja cotação. Por volta do mesmo horário, as ações da Petrobras caíam mais de 3% tanto nas ordinárias como nas preferenciais. Já as ações da Vale caíam mais de 2%.
O viés negativo nos papéis da Petrobras decorria da ação judicial coletiva enfrentada pela estatal e seus principais executivos em um tribunal federal de Nova York. A trégua na queda do petróleo não impedia perdas.
As ações da estatal figuravam entre as maiores quedas do Ibovespa desde a abertura. O mercado também está na expectativa da divulgação do balanço não auditado da estatal, previsto para a sexta-feira. O resultado do terceiro trimestre foi adiado também por denúncias de corrupção.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu nesta terça-feira uma “eventual substituição” da diretoria da empresa, segundo a Reuters, ainda que os atuais diretores não tenham culpa pelos casos de corrupção investigados na estatal.
A forte queda em outra blue chip da bolsa paulista, a Vale, também minava os primeiros negócios, em nova sessão de queda do preço do minério de ferro na China. A mineradora também fechou acordo com a japonesa Mitsui para a trading de commodities assumir uma participação na mina de carvão Moatize, em Moçambique.
No caso de Vale , não ajudava a queda de quase 4% apurada nos preços dos contratos futuros de minério de ferro, nesta terça-feira, em meio a preocupações sobre excesso de oferta, tampouco notícia de que a China pode reduzir impostos para mineradoras do país.
Na segunda-feira (8), a Bovespa caiu mais de 3%, em meio à forte queda das ações da Petrobras, que terminaram o dia na menor cotação em mais de 9 anos, com novo recuo forte dos preços do petróleo no mercado internacional, após dados mostrarem queda inesperada nas importações da China. O Ibovespa fechou em queda de 3,31% a 50.274 pontos, menor patamar de fechamento desde 1º de abril, quando a bolsa fechou aos 50.270 pontos.
As ações preferenciais da Petrobras despencaram 6,20%, a R$ 11,50, menor valor desde 20 de outubro de 2005, enquanto os papéis ordinários caíram 6,38%, para R$ 10,72, menor valor desde 13 de maio de 2005, destaca a Reuters.