Claudio Zoli declara amor à sua mulher em disco de inéditas
Este é o primeiro CD com músicas novas do cantor em 11 anos
Rio – A julgar pelas 11 músicas do álbum ‘Amar amanhecer’, as noites de Claudio Zoli têm sido boas. E os dias também. Em texto escrito para o encarte deste seu primeiro disco de inéditas em 11 anos, o cantor e compositor fluminense dedica o CD à sua mulher, Carol. “Este disco é a história do nosso amor”, caracteriza Zoli no texto.
De fato, ‘Amar amanhecer’, CD lançado este mês pelo selo carioca Lab 344, é praticamente um disco conceitual de amor. Nas 11 músicas autorais, Zoli faz sucessivas declarações de amor à esposa. “Meu segredo é estar ao seu lado / Em Paris ou em São Paulo”, martela o refrão da faixa “Paris a São Paulo”.
Revelado em 1983 como integrante do Brylho, grupo efêmero que paradoxalmente deixou um hit para a posteridade (‘Noite do prazer’), Zoli é discípulo dos mestres da ‘soul music’ nacional como Tim Maia (1942 — 1998), Cassiano e Hyldon, entre outros pioneiros da música ‘black’ nativa. Com ‘Amar amanhecer’, Zoli emerge novamente da praia pop ‘black’, mas, desta vez, vem em onda especialmente romântica.
Produzido e arranjado pelo próprio Zoli, ajudado na função pelo tecladista Luiz Hiroshi Mizutani, o álbum ‘Amar amanhecer’ jamais inventa moda ou tenta se inserir em cena contemporânea. Trata-se de disco de pop soul, aberto com o ‘groove’ festivo de ‘Dia de jogo’. O som de faixas como ‘Clima de romance’ evoca discos antigos de Ed Motta e do próprio Zoli.
‘Amar amanhecer’ está impregnado de boas vibrações. É disco feliz que celebra a vida e o amor. Seu tom solar é perceptível já nos títulos de músicas como ‘Amor sem fim’ e ‘Bem vinda vida’. Até as baladas caem no suingue, como evidencia ‘Sem pressa’. Mesmo que soe linear ao longo das 11 faixas, o CD reitera o estilo de Zoli, cantor de soul que nunca caiu no brega para ampliar seu público.