Adelmir Santana
Presidente da Fecomércio-DF, entidade que administra o Sesc, o Senac e o Instituto Fecomércio no Distrito Federal.
A população brasiliense tem o direito de saber qual é o tamanho exato do rombo nas contas do Distrito Federal. A apuração dessa dívida é fundamental para que o cidadão possa dimensionar adequadamente as suas expectativas em relação ao novo governo e, sobretudo, para que essa situação nunca mais venha a se repetir na nossa cidade.Hoje, o que existe de fato é um cenário de insegurança e desordem deixado por uma administração ineficiente. Como resultado, os servidores públicos e as empresas estão sem receber, serviços de primeira necessidade estão ameaçados e o futuro próximo da capital da República ainda é incerto.
A equipe do governador Rodrigo Rollemberg estima um déficit nos cofres púbicos locais da ordem de R$ 3,5 bilhões. Os atuais gestores tentam encontrar soluções para o que eles chamam de “de s co nt ro le ” e afirmam que essa situação pode levar até um ano para ser amenizada. Por outro lado, os integrantes da gestão passada praticamente nada dizem a respeito. Se esta não foi a forma como entregaram o GDF é necessário que venham a público dizer e comprovar o contrário. Isso é o que se chama de compromisso com a cidade. Nos jornais, a única manifestação que se viu dos antigos gestores foi a foto do ex-governador em um voo com destino a Miami. Essa não pode ser a única expressão desse grupo.
Quem ficou em Brasília ou quem mora no Distrito Federal está interessado em saber qual é a profundidade desse buraco. É o que mais importa nesse momento. Quanto dinheiro falta? Quando as contas serão pagas? E se não houver recurso o que será feito? É isso o que o povo quer saber. E apesar de todo o esforço, transparência e boa vontade que tem demonstrado o governo Rollemberg, eles não são os únicos interlocutores dessa história. Onde está a prestação de contas do antigo governo? Onde estão os seus administradores? Ministério Público e Tribunal de Contas do DF também precisam se posicionar sobre o caso. A palavra devida é responsabilidade.
