Agefis tenta embargar obras da Feira da Madrugada
A Agefis – Agência de Fiscalização do Distrito Federal – anunciou ter tomado providências visando embargar a construção da Feira da Madrugada, ao lado da Feira do Paraguai. Ela terá pelo menos quatrocentos boxes para a venda de diversos produtos.
Quando foi aberta em São Paulo, motivou o fechamento de pelo menos quinhentas lojas. Empresários temem que ocorra o mesmo no DF, acentuando a crise econômica e o desemprego.
A presidente da Agefis, Bruna Maria Pinheiro, recebeu em audiência o presidente do Sindicato do Comércio Varejista do DF, Edson de Castro ( foto) , que pediu providências para reduzir o número de feiras que operam no Distrito Federal, “causando o fechamento de lojas que recolhem tributos e desemprego”.
Hoje, há em todo o Distrito Federal 30 mil lojas de rua e de shoppings, onde trabalham cem mil pessoas.
Bruna anunciou ter pedido o embargo da Feira da Madrugada e agora o Sindivarejista deseja saber quem deu a autorização e a licença para a obra, situada no prédio que abrigou a Multifeira.
“Cada feira que vem para o DF significa prejuízos acentuados para o comércio estabelecido”, explicou Edson.
A presidente da Associação Comercial e Empresarial do DF, Lúcia Ottoni, também participou da audiência em que o prazo para o comércio se adaptar à Lei dos Puxadinhos também foi analisado. Lojistas defendem uma maior flexibilidade e agilidade na concessão de alvarás de funcionamento.
A presidente da Agefis disse, ainda, que, a partir de agora, as ações do órgão serão planejadas. “Antes, tínhamos muito papel e pouco resultado. Agora, teremos planejamento”, disse ela. Lembrou que a Agefis conta com mil auditores-fiscais que atuam em todo o DF.
O presidente do Sindivarejista aplaudiu a decisão do embargo da Feira da Madrugada e disse esperar que a obra seja paralisada “em nome do bom senso”.