Quinta Cultural segue com apoio do governo de Brasília em 2017
Parte do Centro Legal, programa leva arte, música e gastronomia ao Setor Comercial Sul. Neste ano foram 24 edições
Antes estigmatizado, o Setor Comercial Sul passa por um processo de revitalização para se tornar um novo ponto de referência para o lazer e a cultura brasilienses. Desde abril, o Quinta Cultural — um dos projetos ligados ao conjunto de ações Centro Legal, do governo de Brasília — levou música e gastronomia àquela área em 24 edições. A última do ano foi nessa quinta-feira (29), e o programa volta em 2017 depois do período de chuvas.
As atividades do Quinta Cultural ocorrem na Quadra 4, ao lado do Museu dos Correios. A coordenação é da Secretaria Adjunta do Trabalho, da pasta do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, em parceria com a iniciativa privada. No estacionamento da Quadra 6, outro projeto do Centro Legal, o Quarta Musical, proporciona shows gratuitos de artistas da cidade. O evento é organizado pelaAdministração Regional do Plano Piloto e tem entrada gratuita.
Com a ocupação do Setor Comercial Sul no período noturno, o Quinta Cultural estimulou novas manifestações culturais, como festas no estacionamento subterrâneo da Quadra 5, conhecido como Buraco do Rato. “O governo deve ser um indutor dos processos e atuar no incentivo às ações, mas a sociedade também tem de assumir a responsabilidade por Brasília”, defende o secretário adjunto do Trabalho, Thiago Jarjour. “Não adianta deixar tudo apenas com a gestão pública.”
“A sociedade também tem de assumir a responsabilidade por Brasília.”Thiago Jarjour, secretário adjunto do Trabalho
Por isso, a ideia é que no próximo ano o Executivo atue como apoiador do Quinta Cultural, e a organização fique a cargo dos segmentos culturais que participaram dos eventos de 2016. “A proposta é que a iniciativa privada assuma a execução das próximas edições”, adianta Jarjour. Segundo ele, o projeto representa bem os resultados de quando governo e sociedade trabalham em conjunto. “O programa superou todas as expectativas. Quando começamos, havia descrédito da proposta de ocupar o local. Hoje, ele é um dos selos do governo”, avalia o secretário adjunto do Trabalho.
As intervenções culturais na região também reduziram a criminalidade. De janeiro — quando a ação Centro Legal passou a atuar no Setor Comercial Sul — a junho, não houve registro de homicídios nem estupros na área. Já em 2015, foram oito homicídios. Além disso, as ocorrências por tráfico de drogas diminuíram 42,3%: de 104 no primeiro semestre de 2015 para 60 no mesmo período deste ano.