Por Ana Maria Campos
Coluna Eixo Capital, Correio Braziliense
A sua nomeação para a Secretaria de Cidades deve ocorrer nesta semana. Qual é a intenção do governador Rodrigo Rollemberg com essa medida?
O governador está criando uma estrutura de ação. A sociedade não pode mais esperar pela realização de soluções para os nossos problemas. Precisa de uma solução rápida. Estávamos muito focados na herança que tivemos, sem descuidar da atenção à população, mas essa Secretaria tem como objetivo coordenar todas as ações das administrações regionais, funcionar como uma prefeitura, uma zeladoria, para dar uma resposta mais rápida e eficiente na ponta.
Alguma região administrativa precisa de atenção mais especial, uma prioridade nas ações do governo?
Temos conversado com os administradores, mas, a partir da posse, vamos intensificar as reuniões para um diagnóstico mais preciso. O nosso plano de ação é tocar obras, resolver os problemas, coordenar ações com os diversos órgãos, como Ceb, Novacap, SLU, Caesb… Quero ser uma linha de transmissão entre as administrações regionais e as instâncias de execuções, especialmente nos momentos emergenciais.
Há meses o governador anunciou que criaria a Secretaria de Cidades, mas apenas agora sairá a sua nomeação. Por que essa demora em escolher alguém?
A conjuntura que atravessamos atrasou um pouco esses planos. Mas a criação da Secretaria chega num bom momento. Estamos chegando para dar respostas rápidas.
Seu papel será também um diálogo com os moradores?
Sempre é importante envolver a população e melhorar a gestão com base nessas demandas. Precisamos intensificar essa audiência governamental nos diversos conselhos. Isso vai gerar efeitos importantes.
O vice-governador Renato Santana é administrador de Vicente Pires. Ele vai ficar subordinado a você, como secretário de Cidades?
Todas as administrações regionais serão coordenadas pela Secretaria de Cidades.
Você é o presidente licenciado do PSB. Nomeá-lo para coordenar todas as administrações regionais, a política na ponta, tem alguma conotação política ou eleitoral?
É um reconhecimento do trânsito que tenho no interior do governo e na sociedade. Mas vamos cuidar da política pública, prover as cidades do que elas precisam. É determinação do governador resolver os problemas. Venho da Secretaria de Mobilidade. Portanto, já tenho uma visão de que é preciso melhor as paradas de ônibus, a acessibilidade, a iluminação pública até como medida para melhorar a segurança pública.
Há aumento de custos na criação de mais uma secretaria, num momento em que o governo reclama de falta de dinheiro?
Isso é muito importante. O grande desafio foi criar essa secretaria sem nenhum custo. Pegamos um pouco de outras áreas. Não podemos aumentar custos e não aumentamos. Foi uma contribuição de vários órgãos. Também por isso demorou.
Se você fizer um bom trabalho, ficará credenciado para disputar eleição a algum cargo nas próximas eleições?
Meu objetivo é contribuir para termos uma cidade melhor. Quero qualidade de vida para todos. Esse será o meu grande troféu.