Micro e pequenos empreendedores de Planaltina resolvem questões burocráticas em mutirão
Ação conta também com palestras e ocorre até 11 de abril no estacionamento do Banco do Brasil em frente à administração regional
Cerca de 1,9 mil pessoas são esperadas no Mutirão da Simplificação. A primeira edição deste ano ocorre até terça-feira (11) no estacionamento do Banco do Brasil, em frente à Administração Regional de Planaltina.
A iniciativa, parceria do governo de Brasília com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Distrito Federal (Sebrae-DF), visa atender pequenos empresários que buscam orientações sobre registro e licenciamento de empresas, capacitações e consultorias.
Nesta quarta-feira (5), o governador Rodrigo Rollemberg participou da abertura oficial. Segundo ele, o evento é uma chance de as empresas se regularizarem. “Também é uma oportunidade para o empreendedor abrir sua empresa e contribuir para a retomada do crescimento econômico da nossa cidade, gerando empregos e renda.”
Em 2016, o Mutirão da Simplificação passou por Ceilândia e pelo Gama, reunindo cerca de 9 mil pessoas
Um dos atendidos nesta manhã foi Francisco de Assis do Nascimento, de 64 anos. Ele pretende abrir uma pastelaria e aproveitou para já formalizar o empreendimento. “É a maneira de trabalharmos com segurança e dentro da lei”, disse o cearense e morador de Planaltina há 40 anos.
A consultora Sandra Estrela, responsável pelo atendimento do futuro pasteleiro, ressaltou que questões relacionadas a licenciamento são as mais procuradas. “As empresas daqui são muito antigas, e poucas buscaram regularização.” De acordo com ela, o processo demora poucos minutos, porque ali mesmo é possível acionar a administração regional para resolver problemas e dar o retorno ao empreendedor.
Em 2016, o Mutirão da Simplificação passou por Ceilândia e pelo Gama, reunindo cerca de 9 mil pessoas.
Durante a visita, Rollemberg destacou obras que estão sendo feitas em Planaltina, como o Complexo Cultural e o Centro Olímpico e Paralímpico, previstos para serem entregues neste ano. Citou o bom andamento das reformas da rodoviária e da delegacia de polícia e lembrou que a obra do galpão do produtor rural será licitada em breve, com o objetivo de não deixar mais os comerciantes em feiras a céu aberto.
Mutirão da Simplificação tem foco nos pequenos empreendedores
Durante o mutirão, são apresentadas as ferramentas oferecidas pelo Sebrae-DF aos pequenos negócios e o modelo de abertura, licenciamento e baixa de empresas de acordo com a Rede Nacional de Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios no DF (Redesimples).
Após seis anos no órgão, o ex-superintendente do Sebrae, Antônio Valdir Oliveira Filho, ressaltou a importância do evento para o DF. “Valorizar o empreendedor, principalmente o micro e o pequeno, significa assegurar e reforçar o desenvolvimento econômico local”, defendeu o gestor, recém-nomeado como secretário de Economia e Desenvolvimento Sustentável.
A programação ainda prevê palestras e oficinas sobre marketing, uso da internet, coaching empreendedor, tributação, empreendedorismo, fluxo de caixa, microcrédito, gestão de negócios, planejamento financeiro e pessoal, vendas para o governo e administração de dívidas.
Presente na solenidade, o presidente do Sebrae Nacional, Guilherme Afif Domingos, vê Brasília como um exemplo a ser seguido. “O modelo desses mutirões precisa ser copiado pelas demais unidades da Federação, pois facilita a vida de empreendedores que não têm tempo para se preocupar com burocracias”, enfatizou.
Serviços oferecidos no Mutirão da Simplificação
O Banco de Brasília, parceiro na ação, oferece palestras de apresentação de produtos e serviços financeiros para micro e pequenas empresas.
O mutirão tem ainda 20 baias de atendimento com vários órgãos licenciadores do governo de Brasília e parceiros — Agência de Fiscalização; Corpo de Bombeiros; Defesa Civil; Instituto Brasília Ambiental (Ibram); Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos; Vigilância Sanitária; Conselho Regional de Contabilidade; Junta Comercial; Receita Federal e Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis.
EDIÇÃO: MARINA MERCANTE