Caso Pedrinho, por Renato Souza
CASO PEDRINHO: O brasiliense Pedro Júnior Rosalino Braule Pinto, de 31 anos, conhecido como Pedrinho, afirmou que ainda mantém contato com a mulher que o sequestrou, em 1986, na maternidade do Hospital Santa Lúcia, em Brasília. Pedrinho foi sequestrado poucas horas após o nascimento, por Vilma Martins e levado para Goiânia. Ao longo de 16 anos, a mãe biológica do garoto, Maria Auxiliadora Rosalina Braule Pinto realizou incansáveis buscas pelo filho. Em Goiás, Pedrinho foi registrado pela sequestradora como Osvaldo Martins Borges Júnior. O brasiliense não soube em nenhum momento, durante este período, que havia sido sequestrado pela mulher que o criou e que era filho de outra mãe. Desde o dia em que o bebê foi raptado, a imprensa de Brasília divulgou amplamente o caso. Em 2002, Gabriela Azeredo, neta do marido da sequestradora, desconfiou ao ver uma foto de Pedrinho na internet. Ela ligou para o SOS Criança e um exame de DNA confirmou o sequestro. A polícia descobriu que a outra “filha” de Vilma, a jovem Aparecida Fernanda Ribeiro da Silva, também havia sido sequestrada por ela, em uma maternidade de Goiânia. Atualmente Pedrinho é advogado, após se graduar em direito e trabalha na defesa do senador afastado Aécio Neves, investigado na Operação Lava-Jato. Pedrinho contou para a imprensa local que atua na defesa do político, mas não está a frente do caso. Em entrevista ao portal “G1”, o jurista contou que apesar de viver em cidades diferentes, mantém contato com Vilma e que ela conhece seu primeiro filho. A história do garoto sequestrado no Distrito Federal foi retratada em uma versão alterada da novela “Senhora do Destino”, que está no ar atualmente na “TV Globo”. O caso também virou livro escrito pelo jornalista Renato Alves. Texto : Renato Souza Foto: Breno Fortes/CB.DA Press.
