A fibromialgia, como muitos imaginam, não é uma doença nova. Historicamente, ela vem sendo apresentada com diferentes nomes, fibrosite, miofibrosite, síndrome fibrosítica, síndrome fibromiálgica e por fim, 1981, fibromialgia. Em 1992, a Organização Mundial de Saúde (OMS), reconheceu a doença como reumática. Mas ainda assim, depois de todo esse tempo que a doença foi diagnosticada, segue sendo questionada pela sociedade, pelos familiares dos pacientes e mesmo por alguns profissionais de saúde.
Existia um tempo em que os pacientes não acreditavam no diagnóstico, mesmo que ele justificasse as dores “inexplicáveis” que sentiam. Reclamavam de dor e cansaço, mas não o levavam a sério por desconhecerem o nome da doença. Além disso, os exames clínicos não apontavam nada e o médicos acabavam receitando algum antidepressivo entendendo se tratar de algo psicológico. Essa era a clássica trajetória de um fibromiálgico 20 anos atrás.
O deputado Delmasso (Podemos), tem colocado a saúde dos moradores do Distrito Federal no raio de ação enquanto parlamentar. Criou o Projeto de Lei n° 1611/2017 que institui a Política Distrital de Atenção Integral à Pessoa com Fibromialgia, que tem por objetivo a criação, desenvolvimento e execução de politicas públicas visando assegurar de forma integral e adequado os casos desta síndrome.
“A fibromialgia interfere na vida e no desempenho profissional do paciente diagnosticado. Nosso projeto, visa melhorar a qualidade de vida dessas pessoas e ampliar o conhecimento sobre as causas, diagnóstico e tratamento da síndrome”, disse Delmasso.
Delmasso ainda reitera que, todo paciente diagnosticado com fibromialgia, terá acesso gratuito aos medicamentos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), dentre eles, está o THC (Tetra –hidrocanabinol), principal substância encontrada na planta Cannabis sativa (maconha).
O que é fibromialgia
A Fibromialgia é uma das doenças reumatológicas mais frequentes. É caracterizada por dor muscular generalizada no corpo acompanhada de sintomas de fadiga, e alterações de sono, memória e humor.
Sintomas
Os sintomas podem começar após um trauma físico, uma cirurgia, uma infecção ou uma tensão psicológica significativa. Em outros casos, os sintomas se acumulam gradualmente ao longo do tempo sem que se consiga determinar os fatos geradores. As mulheres são cerca de 10 vezes mais propensas a desenvolver a Fibromialgia do que os homens. Muitas pessoas que têm Fibromialgia também podem apresentar dores de cabeça tensionais, disfunção da articulação temporomandibular, síndrome do intestino irritável, ansiedade e depressão.
Causas
Até agora as pesquisas não conseguiram determinar a causa da Fibromialgia, mas provavelmente envolve uma variedade de fatores trabalhando juntos. Possivelmente existem causas genéticas, uma vez que casos de Fibromialgia tendem a ocorrer em família. Podem haver certas mutações genéticas que tornariam o portador mais suscetível a desenvolver o transtorno. Entretanto, até agora não foi descoberto o gene causador da doença.
Tratamento
Uma vez que não existe um tratamento específico para a Fibromialgia, a ênfase está em minimizar os sintomas e melhorar a saúde geral. O tratamento tem como objetivo o alívio da dor, a melhora da qualidade do sono, a manutenção ou restabelecimento do equilíbrio emocional, a melhora do condicionamento físico e da fadiga e o tratamento específico de desordens associadas.
Frida Khlo
Em um dos seus quadros mais famosos, o autorretrato “A coluna quebrada”, de 1944, a artista mexicana expressa sua dor por mio dos pregos espalhados por todo o corpo. Na tentativa de explicar os motivos para a dor crônica que a acompanhou durante anos, alguns autores sugerem que Frida sofria de fibromialgia pós-traumática, caracterizada por dor generalizada persistente, fadiga crônica, distúrbios do sono e pontos dolorosos em regiões anatômicas bem definidas.