MEC indica necessidade de fiscalizar cursos de educação física

 Representante do Ministério da Educação indicou a necessidade após ter conhecimento que Instituições de Ensino Superior não adequaram a grade curricular dos cursos de educação física, nem alertaram alunos sobre mudanças na profissão

Assessoria dep. Cabo Sabino (PR/CE)

MEC indica necessidade de fiscalizar cursos de educação física

Mesa de discussão que participou da Audiência Pública.

Uma audiência pública discutiu a diferença entre as habilitações de bacharelado e licenciatura para o curso de educação física. O evento ocorreu nesta terça-feira (12) na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, e trouxe um debate sobre a implementação de formações diferentes, e assim atuações distintas para graduados em educação física. Na ocasião, o Ministério da Educação (MEC) assumiu a necessidade de cobrar a devida implementação das Instituições de Ensino Superior (IES) no país.

Antes de 2007, ano em que entrou em vigor a normativa que divide os cursos e atuação em educação física, graduados nas diferentes habilitações podiam exercer a mesma ocupação. Os formados em licenciatura, por exemplo, tinham a possibilidade de lecionar aulas em escolas assim como atuar em atividades de bacharel, como a função de “personal trainers” em academias. Após a resolução, os cursos se tornaram independentes, e a atuação passou a depender exclusivamente da graduação do profissional.

Mas segundo o representante dos egressos dos cursos da área, Rodrigo Andrade, a medida não chegou ao conhecimento dos que cursavam o curso. Da mesma maneira que não houveram mudanças na estrutura e grade curricular. Mesmo com uma atuação mais específica, os estudantes cursavam disciplinas dos dois tipos de habilitação. O próprio representante, que é formado em licenciatura, descobriu após a graduação que mesmo com a qualificação da instituição não poderia atuar além do ensino em escolas.

“Não houve ampla divulgação dessa dicotomia. Não houve divulgação do que seriam os campos de trabalho, principalmente pelas IES. Não houve nem pelo MEC ou também pelo sistema que regula a profissão, o CONFEF [Conselho Nacional de Educação Física]”, explicou Rodrigo Andrade durante a audiência.

Entre as apresentações, Nara Maia Pimental, que é coordenadora Geral de Expansão e Gestão das IES e Representou o Ministério da Educação (MEC) relatou não ter ciência da falta de comunicação com os alunos e da falta de modificações curriculares, e assumiu que é necessário fiscalizar as IES do país para verificar se há o devido cumprimento da normativa.

O deputado Cabo Sabino (PR/CE), que solicitou a realização da audiência, reforçou a necessidade de auxílio do Ministério da Educação durante o processo. “Nós temos em vários estados brasileiros que precisam de uma resposta e é o MEC que precisa dar essa resposta, que tem que cobrar, é ele que autoriza as instituições do pais a funcionarem”, relatou. O parlamentar também disse que o MEC seria coparticipante desse problema, tendo em vista que “as pessoas entram e pagam a mensalidade nessas IES porque elas estão certificadas pelo MEC”.

Para assistir a íntegra da audiência e entender melhor o apresentado pelos convidados acesse aqui.

por com Lis Gabriela Cappi.

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