Vacinação contra a gripe no DF terá 114 postos de atendimento

A vacina é distribuída pelo Ministério da Saúde e previne contra H1N1 e H3N2, subtipos do vírus influenza A, e contra influenza B.
De acordo com a Secretaria de Saúde, das 777.700 doses que o DF receberá do governo federal, chegaram mais de 400 mil até agora. A distribuição para os postos foi iniciada desde segunda pela manhã.
Em entrevista coletiva, o secretário de Saúde, Humberto Fonseca, destacou que já existem casos de H1N1 no DF neste ano e reforçou a importância da vacina: “O vírus está circulando. Há ainda mais necessidade de fazermos a vacinação com eficiência”, disse para convocar a população-alvo.
Em 2018, há sete casos de H1N1 confirmados em moradores do DF, sendo que um resultou na morte, em março, de um homem de 54 anos com doença hematológica (sanguínea), e seis casos de H3N2, sem óbitos.
Estão confirmadas ainda outras duas mortes por síndrome respiratória aguda grave, ambas em crianças, mas uma causada por metapneumovírus, e a outra, pelo vírus sincicial — este último o mais comum hoje no DF.
No mesmo período de 2017, não houve registro de H1N1, mas foram nove casos de H3N2, com duas mortes. Em 2016, a pasta confirmou, também do início do ano à 15ª semana, 52 casos e sete óbitos por H1N1, além de três registros de H3N2 sem mortes.
A pasta monitora os casos de síndrome respiratória aguda grave, situações em que há internação, conforme o protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde.
A estimativa é vacinar 706.988 pessoas, com meta de cobertura de 90% de cada um dos grupos prioritários.
O chamado Dia D, o Dia de Mobilização Nacional, está previsto para 12 de maio. Nessa data, a pasta espera vacinar cerca de 200 mil pessoas no DF.
Poderão se imunizar de forma gratuita aqueles que fazem parte dos grupos prioritários. São eles:
Crianças de 6 meses a 5 anos incompletos
Grávidas em qualquer idade gestacional
Puérperas (até 45 dias pós-parto)
Pessoas com 60 anos ou mais
Pessoas com doenças crônicas e outras categorias de risco clínico (nesses casos, é preciso apresentar prescrição médica)
Povos indígenas
População privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e adolescentes e jovens de 12 a 21 anos que cumprem medidas socioeducativas
Professores das redes pública e privada
Trabalhadores da área de saúde
Os que têm doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais e que já estão em programas de controle do Sistema Único de Saúde (SUS) devem se vacinar nos postos em que são cadastrados.
Se o local de cadastro não tiver vacinação, é preciso solicitar prescrição médica para se imunizar em uma das 114 unidades de saúde disponíveis na campanha.
Para idosos acamados, que não podem se deslocar até os postos, há a opção de agendar a vacina em domicílio a partir de segunda (23), pelo telefone 160 do Disque Saúde.
O secretário Humberto Fonseca destacou ainda que a vacina não provoca a gripe. No entanto, pessoas com quadro de febre não devem se vacinar para que o sintoma não seja confundido com uma reação vacinal.
A vacina é contraindicada para quem tem história de reação anafilática dessa imunização, bem como a qualquer componente da vacina ou alergia comprovada grave relacionada a ovo de galinha e derivados.
Os indivíduos que tiveram síndrome de Guillain-Barré no período de até seis semanas após uma dose anterior devem buscar avaliação médica sobre benefício e risco da vacina.
Orientação para as escolas
A diretora da Vigilância Epidemiológica, da Subsecretaria de Vigilância em Saúde da pasta, Maria Beatriz Ruy, citou medidas que devem ser adotadas em escolas e outros ambientes que têm aglomeração como igrejas e eventos.
“É muito importante ter ventilação, circulação de ar adequada. Se as escolas identificarem crianças com sintomas, que orientem os pais a levarem-nas em unidades de saúde e, se tiverem de fato doentes, que os pais não as levem para a escola”, exemplificou.
Não está prevista vacinação em unidades de ensino. Professores e crianças dentro da faixa etária de prioridade devem ir até os postos.
 
Dicas para se prevenir da gripe
Para evitar a transmissão da gripe e de outras doenças respiratórias, a Secretaria de Saúde recomenda:
Lavar as mãos com frequência, principalmente antes de comer
Usar lenço descartável para higiene nasal
Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir
Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca
Higienizar as mãos após tossir ou espirrar
Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas
Manter os ambientes bem ventilados
Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe
Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados)
Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos

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