O livro definitivo sobre a guerrilha do Araguaia

 

Borboletas e Lobisomens, do historiador Hugo Studart, desvenda segredos polêmicos que tantos os militares quanto os comunistas vêm tentando manter ocultos. Lançamento em Brasília será nesta terça-feira, 17 de julho

 

A Guerrilha do Araguaia guarda um grande paradoxo. É um dos episódios mais comentados da nossa história. Ao mesmo tempo, dos mais obscuros. Esta obra lança luzes definitivas sobre as vidas, sonhos e mortes de um punhado de jovens que empenharam suas esperanças em uma luta sangrenta ocorrida nas selvas amazônicas.

Foram nove anos de pesquisa, acessando mais de 15 mil páginas de documentos secretos das Forças Armadas e as memórias de guerrilheiros sobreviventes, de militares e de camponeses. Ao fim e ao cabo, emergiu uma trama construída com um rigor acadêmico raro, em narrativa com viés literário que prende a atenção do início ao fim.

“Ideologicamente equilibrada e intelectualmente honesta, esta obra é, ao mesmo tempo, historicamente incômoda e polêmica, pois descortina segredos que tanto os militares quanto os comunistas vêm tentando manter ocultos. Eis a história definitiva da Guerrilha do Araguaia, afirma o editor Carlos Leal, da Francisco Alves.

“Studart colabora para por em relevo a exigência de memória e verdade como um caminho a ser percorrido na senda da construção democrática”, escreve no Prefácio o professor José Geraldo de Sousa, ex-Reitor da UnB. “É obra enciclopédica”

E o embaixador Paulo Roberto de Almeida, acrescenta no Posfácio: “Este livro, além de ser um relato intelectualmente honesto, tão objetivo quanto permitem os documentos remanescentes, foi magnificamente construído segundo as melhores técnicas da história oral e documental. Vale ler, refletir sobre seus dados e meditar sobre o futuro da política no Brasil”

O Autor: Hugo Studart é historiador, jornalista e professor. Seu trabalho de pesquisa histórica sobre o regime militar e a luta armada no Brasil é referência acadêmica. A tese de doutorado, “As memórias dos guerrilheiros do Araguaia” – que fundamenta o livro – ganhou o Prêmio UnB de Teses e foi finalista ao Prêmio Capes de melhor tese de História de 2014.

O livro A lei da selva, sobre a participação dos militares na Guerrilha do Araguaia, foi agraciado no Prêmio Vladimir Herzog e finalista do Prêmio Jabuti. A obra foi adquirida como referência por 22 universidades estrangeiras, dentre as quais Harvard, Yale e Princeton, nos Estados Unidos, Cambridge, Inglaterra, e a Fondation Nationale des Sciences Politiques de Paris.

O autor trabalhou como repórter, editor ou colunista nos principais veículos nacionais, como Jornal do Brasil, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, revistas Veja, Manchete e Dinheiro. Foi Diretor e colunista da IstoÉ e editor-chefe da revista Desafios do Desenvolvimento, do Ipea. Ganhou diversos prêmios de jornalismo, como o Prêmio Esso e o Abril. É professor associado do Núcleo de Estudos da Paz e dos Direitos Humanos da UnB. E, também, membro da Academia de Letras de Brasília e do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal.

Serviço

Borboletas e Lobisomens – Vidas, sonhos e mortes dos guerrilheiros do Araguaia (Francisco Alves Editora, 660 pág., R$ 80,00)

Lançamento: 17 julho, no Carpe Diem, CLS 104, a partir das 18h30

Contato com o autor: (61) 9 8522 0100

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