GDF implementará um sistema para monitorar casos de enriquecimento ilícito de servidores
O GDF implementará um sistema para monitorar casos de enriquecimento ilícito de servidores. A ideia é cruzar dados do Imposto de Renda dos funcionários da administração pública com movimentações bancárias, bases de veículos e imóveis para verificar a compatibilidade do patrimônio com a renda dos servidores. Isso valerá tanto para os efetivos quanto para os comissionados sem concurso. Essa é uma das medidas que serão adotadas pelo controlador-geral do DF, Aldemário Araújo Castro. Ele pretende focar na prevenção e promete fazer uma reestruturação na área de processos disciplinares a fim de assegurar uma rápida tramitação das apurações administrativas de irregularidades cometidas por funcionários públicos.
As novas medidas começaram a ser implementadas ontem, com a publicação do Decreto nº 39.620/19. O documento, assinado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), estabelece medidas de ampliação da transparência no governo, com o objetivo de combater, com mais efetividade, os atos de corrupção, desvio, fraude e improbidade administrativa. O texto prevê que os dirigentes das unidades de controle interno das secretarias não serão mais escolhidos pelos chefes das pastas, mas indicados pelo controlador-geral do DF. O decreto garante que os contratos a serem firmados e os pagamentos de qualquer natureza serão analisados previamente pela unidade de controle interno competente.
A iniciativa começará a ser adotada na Saúde. “Vamos trabalhar com a perspectiva de fazer a análise prévia e o controle preventivo em relação a problemas. Antes, desvios e irregularidades só eram detectados depois de os pagamentos terem sido feitos e, a partir daí, eram instauradas tomadas de contas especiais para responsabilizar os agentes. As pessoas só corriam atrás do prejuízo. Queremos inverter a lógica para, antes de fazer os pagamentos, verificar eventuais problemas”, explica Aldemário.