Em audiência sobre a adoção do 5G, Abratel defende solução definitiva para interferência da tecnologia nas parabólicas domésticas


Nesta quarta-feira (27), a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) promoveu uma audiência pública para discutir a implementação do 5G no Brasil. A interferência da quinta geração no serviço de cobertura da TV aberta via parabólica (TVRO) ganhou espaço no encontro proposto por Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), autor do requerimento da audiência pública. Atualmente, 22,1 milhões de domicílios, localizados nas periferias das grandes cidades, em municípios interioranos e regiões rurais, dependem da antena parabólica para ter acesso livre, gratuito e de qualidade à TV aberta.

Em sua apresentação, considerando a faixa de frequências indicadas pela Anatel para o Leilão do 5G, o representante da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), Wender Souza, reiterou que a tecnologia irá interferir na recepção da televisão aberta por parabólicas domésticas na banda C. “Existem diversas aplicações que são inerentes ao 5G, mas, neste momento, nós precisamos também discutir a perenidade e a manutenção de um dos serviços – em contraponto ao 5G – mais antigos que nós fazemos uso no Brasil: a TVRO, conhecida popularmente como antenas parabólicas”, explicou Souza.

O engenheiro da Associação apontou uma solução definitiva para esse imbróglio envolvendo o leilão do 5G e a radiodifusão: a proposta dos radiodifusores é migrar todos os usuários do serviço de TVRO doméstica da banda C para a banda Ku, liberando a faixa de 3,5 GHz para o uso da tecnologia 5G.

Para isso, haverá a necessidade de distribuir kits de recepção de satélite na banda Ku, usando fundos do leilão, para a população de baixa renda que possua equipamentos de recepção por parabólica da banda C e que esteja cadastrada no Cadastro Único do Governo Federal – o correspondente a 11,2 milhões de domicílios.

A visão do setor é que, indo para a frequência mais alta, não haverá preocupação futura, caso a Anatel decida ampliar a faixa dedicada ao 5G para frequências superiores à 3,6 GHz.

“A solução da radiodifusão, prioritariamente, preserva o acesso da população ao serviço da TVRO, assim, é socialmente adequada. Economicamente, se pensarmos em longo prazo, o 5G precisa evoluir – e evoluirá. Incontestavelmente, a demanda por espectro irá surgir. Por isso, não há dúvida de que a nossa proposta é a melhor solução”, defendeu o engenheiro.

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