Pandemia faz sonhos serem adiados ou repaginados
Em distanciamento social decretado desde março, o Brasil ainda vive uma série de impedimentos para a realização dos eventos. Mesmo sem a opção da realização das grandes festas, muitos casais não abriram mão de oficializar a união e encontraram saídas criativas para casar.
A pandemia afetou em cheio o desejo de quem deseja subir ao altar neste ano. No entanto, em alguns estados, como São Paulo, as celebrações voltaram a ser permitidas, mas com restrições e protocolos. De acordo com uma pesquisa exclusiva realizada pelo site iCasei entre 10 e 16 de agosto com 1.600 casais, 30,5% disseram considerar mudar o formato da celebração para uma comemoração menor, somente com a família, ou realizar a união civil para se casarem ainda em 2020.
Já 62% dos casais não querem optar por um novo formato para o casamento e preferem adiar para 2021, mantendo o planejamento original da oficialização civil e da festa. E somente 7,44% pensam em se casar no civil e cancelar a festa. Só no iCasei, mais de 11 mil casais pretendem subir ao altar ainda em 2020. Para 2021, já são mais de 8 mil casamentos marcados, sendo 41% nos primeiros quatro meses do ano.
Aos casais que tiveram que adiar, o maior prejuízo, até o momento, é a frustração de esperar mais um ano para a realização de um sonho. Na opinião do celebrante de casamentos, Marco Aurélio Nogueira, “mesmo sabendo que adiar a cerimônia foi a melhor decisão para trazer segurança a saúde dos convidados, muitos noivos se sentem ansiosos com a situação e explicam que não é fácil perder o controle das coisas, mas, acima de tudo, o amor prevalece!”
De fato, a pandemia desconfigurou os sonhos de muitas pessoas, senão de todas. Ao ressignificar a vida, podemos olhar para os sonhos e responder: adiar ou “repaginar”? Segundo Marco Aurélio, “nem todo sonho precisa ser adiado. Muitas pessoas que estavam com data marcada para o casamento me perguntaram se deveriam adiar ou fazê-lo com poucas pessoas. Eu disse a algumas que, para mim, o importante era o ato do sacramento, e não a festa”.
Ele conta que “algumas fizeram o casamento somente com o celebrante e mais duas testemunhas, o sonho foi repaginado. Há sonhos que precisarão ser adiados e planejados no tempo, e há outros que podem se tornar realidade só mudando alguns detalhes”, explica.
Diante deste ano tão atípico, o celebrante de casamentos deixa um “conselho a todos que tiveram que adiar um dos dias mais importantes de suas vidas: tenha força, foco e fé. Existe um tempo determinado para todas as coisas, e tudo está no controle do Criador. Logo, voltaremos, com muita aglomeração, emoção e abraços. Afinal, sonhos podem até ser adidos, mais jamais cancelados! Tudo passa”, finaliza.