Especialista explica a relação entre perda auditiva e a Covid-19
Pesquisas mostram que a longo prazo essa pode ser mais uma das complicações causada pela doença
De acordo com estudos publicados recentemente , a perda auditiva súbita e o zumbido podem se desenvolver até oito semanas após o diagnóstico de contaminação da Covid-19. No entanto, raramente podem ter relação com o novo Coronavírus no início da infecção.“Alguns relatórios de autópsias feitas em pacientes foram capazes de detectar vestígios de danos causados pela Covid-19 nos ossos do ouvido médio”, explica Gleison Barcelos, fonoaudiólogo da Microsom.
Um caso de perda auditiva foi publicado por meio de um relatório da revista científica “BMJ Case Reports” e indicou que um paciente com covid teve perda repentina de audição no Reino Unido e só procurou ajuda 10 dias após apresentar os sintomas. Dessa forma, precisou respirar com a ajuda de ventilação mecânica e, quando removida, percebeu zumbido no ouvido e teve boa parte do sentido comprometida.
Com base em estudos divulgados anteriormente sobre casos clínicos, infecções virais e bacterianas podem causar perda auditiva repentina. Mas outros fatos mostram que é raro apresentar sintomas de perda auditiva logo no início em que o Coronavírus é contraído.
O fonoaudiólogo explica que algumas pesquisas apresentam já relações do Coronavírus ao zumbido. “Apesar disso, a Associação Americana de Zumbido destaca que o problema está associado ao estresse e depressão, justamente por causa do isolamento social que o vírus propriamente dito”, afirma Barcelos.
O especialista alerta, ainda, sobre a necessidade de mais pesquisas para investigar os efeitos de como a doença pode afetar na audição. Segundo ele, à medida que a pandemia cresce, mais estudos precisam ser feitos não só para audição, mas também para outros problemas de saúde. “Por isso, tome todo cuidado e proteção e, quando surgirem os primeiros sintomas, procure um profissional para indicar o tratamento correto”, finaliza.
Sobre a Microsom
Referência em saúde auditiva, o grupo Microsom faz parte da história da cidade desde 2001. A clínica tem como objetivo trazer mais conforto aos pacientes com deficiência auditiva, oferecendo tecnologia de ponta. Na capital, a empresária Mariluce Cordeiro está à frente da direção geral, coordenando quatro unidades espalhadas pelo DF.
O grupo foi o primeiro a trazer para Brasília, os produtos da linha “VIA AI”, que são aparelhos auditivos com inteligência artificial. Entre as funcionalidades destacamos o sensor de quedas, localizador, tradutor simultâneo e até monitoramento de atividade física e cognitiva. “Nós sempre visamos a melhoria da qualidade de vida de pessoas com deficiência auditiva de grau leve a severo”, afirma Mariluce.