Invasão russa, guerra na Ucrânia e a percepção da Europa ocidental sobre o conflito

Historiador explica como esse cenário pode impactar nos demais países do continente

Os conflitos entre Rússia e Ucrânia não são atuais, mas têm aumentado exponencialmente nos últimos meses. As divergências entre os dois países têm origem logo após a Guerra Fria, com a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) para o leste europeu, e a incorporação de países que faziam parte da antiga União Soviética.

A Ucrânia não faz parte da NATO, mas já vem negociando uma possível adesão ao grupo. E foi com base nessa aproximação que a Rússia, comandada por Vladimir Putin, decidiu enviar militares para a fronteira entre os dois países. Mesmo negando, de início, estar preparando uma invasão, na manhã desta quinta-feira (24/02), o maior país da Europa bombardeou Kiev, a capital ucraniana.

Como resposta à situação, países do ocidente responderam com sanções à Rússia, principalmente os Estados Unidos e o Reino Unido. Para os demais países do oeste europeu, a questão dos imigrantes ressurge. Residente em Portugal, o Phd em neurociência, historiador e antropólogo Dr. Fabiano de Abreu Agrela fala um pouco sobre a apreensão dos europeus em face à situação.

“Houve uma grande entrada de ucranianos em Portugal na década de 90, início de 2000 e 2014. Da última vez, vieram muitos ucranianos e, de certa maneira, a gente tem que receber essas pessoas e tentar colocar no mercado de trabalho, e o governo tem que ter estratégia em relação a isso também”, pontua.

Além disso, o historiador fala também sobre o pós-pandemia e a preocupação com o mercado de trabalho em relação à população, que deve aumentar agora. Porém, a maior preocupação é em relação ao aumento do combustível, já que o gás e o combustível em geral dependem da Rússia. “Já aumentou muito o combustível por causa da pandemia, como consequência os alimentos e o maior medo da população é ter esse aumento novamente”, ressalta.

Em relação a uma possível guerra, o Dr. Fabiano de Abreu Agrela explica que, mesmo Portugal sendo um país muito pacífico, ele faz parte da NATO, então, caso aconteça uma intervenção, o exército português teria que se manifestar de alguma maneira, o que causa certo receio, especialmente para os jovens.

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Sobre o Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela

Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela, PhD em neurociência, biólogo, historiador e antropólogo. Jornalista correspondente e Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International e Professor e investigador na Universidad Santander de México. Membro ativo da Redilat, rede de cientistas latino-americanos. 

Créditos de: FAP – Tomorrow Summit

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