Aumenta o número de pessoas empregadas no setor privado no Distrito Federal, no primeiro trimestre de 2022
No primeiro trimestre de 2022, referente aos meses de janeiro, fevereiro e março, a população total estimada no DF era de 3.1 milhão de pessoas no DF. A população com idade para trabalhar (14 anos ou mais) estimada foi de 2.510 mil pessoas, não apresentou variação estatisticamente significativa em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e, também, em relação ao trimestre anterior. A população abaixo de 14 anos no DF era de 605 mil. Desse total de pessoas com idade para trabalhar, 69% estão inseridos na força de trabalho (1.731 mil pessoas) e 31,0% estão fora da força de trabalho (779 mil).
No Distrito Federal, foi estimada uma população ocupada de 1.514 mil pessoas, aumentou em 103 mil pessoas, (7,3% em relação ao mesmo período do ano anterior). Entretanto, em relação ao trimestre anterior, não houve variação estatisticamente significativa. Já o nível da ocupação (proporção de ocupados entre as pessoas de 14 anos ou mais de idade) foi estimado em 60,3%, aumentou em 3,5p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior. Entretanto, em relação ao trimestre anterior, não houve variação estatisticamente significativa.
Dentre essas pessoas fora da força de trabalho no 1° trimestre no DF, 91 mil estavam na força de trabalho potencial, ou seja, buscaram trabalho, mas não estavam disponíveis; ou não buscaram trabalho, mas estavam disponíveis. Esse indicador mostrou redução em relação ao trimestre anterior (-21,5%) e em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (-25,5%).
Quando os motivos de não buscar trabalho são: não ter experiência; ou ser muito jovem ou idoso; ou não encontrar trabalho na localidade que reside, as pessoas são consideradas desalentadas. No Distrito Federal, a população desalentada era de 25 mil no 1º trimestre de 2022, registrando estabilidade em relação ao trimestre anterior e em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
Aumenta o número de pessoas empregadas no setor privado no Distrito Federal, no primeiro trimestre de 2022
No Distrito Federal, entre os empregados do setor privado, estimam-se 570 mil pessoas com carteira de trabalho assinada para o 1° trimestre de 2022, aumentou em 62 mil pessoas, (12,2% em relação ao mesmo período do ano anterior). Com relação ao trimestre anterior, houve crescimento de 50 mil pessoas, ou seja, variação de 9,6%. E 165 mil pessoas sem carteira de trabalho assinada, não apresentou variação estatisticamente significativa em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e, também, em relação ao trimestre anterior.
No setor público do Distrito Federal havia 305 mil pessoas empregadas no 1° trimestre de 2022, apresentando estabilidade estatística em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e ao 4° trimestre de 2021. Entre as categorias de empregados no setor público houve queda dos militares ou servidores públicos estatutários em relação ao trimestre anterior em -8,7% (262 mil no 4° trimestre de 2021 e 239 mil no 1° trimestre de 2022).
O Distrito Federal registrou 293 mil trabalhadores por conta própria no 1° trimestre de 2022, com redução de 7,8% em relação ao trimestre anterior. Especialmente, os trabalhadores conta própria sem CNPJ, que eram 214 mil pessoas (73% dos trabalhadores conta própria, ou seja, são trabalhadores informais) – apresentaram decréscimo de 12,1% em relação ao trimestre anterior.
No 1° trimestre de 2022, havia 99 mil trabalhadores domésticos no total no Distrito Federal, apresentando estabilidade em relação ao trimestre anterior e aumento de 26,4% comparado ao mesmo trimestre do ano anterior (78 mil). Embora, tenha ocorrido redução dos trabalhadores domésticos sem carteira de trabalho assinada, em relação ao trimestre anterior (-18,6%).
O total de empregadores no DF (1° trimestre de 2022) era de 72 mil, sem alterações estatisticamente significativas em relação ao trimestre anterior, ou ao mesmo trimestre de 2021, sendo que 90,2% deles possuíam CNPJ (eram empregadores formais).
Segue a tabela com a distribuição dos trabalhadores de acordo com os grupamentos de atividades no Distrito Federal, para o 1° trimestre de 2022 e os anteriores, mostrando a importância do setor público para a capital na empregabilidade de pessoas (403 mil pessoas), assim como as atividades de comunicação, informação, financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (347 mil) e as atividades de comércio (263 mil pessoas).
30,3% das pessoas ocupadas no DF estavam na informalidade no 1° trimestre de 2022
Para o cálculo da taxa de informalidade da população ocupada foram considerados como informais: 165 mil empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada, os 63 mil trabalhadores domésticos sem carteira de trabalho assinada, os 7 mil empregadores sem registro no CNPJ, os 214 mil trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ e os 10 mil trabalhadores familiares auxiliares. Somando 459 mil trabalhadores na informalidade, eles representam 30,3% do total de pessoas ocupadas no Distrito Federal (taxa de informalidade do 1º trimestre de 2022). Comparando com o trimestre anterior, houve redução da informalidade em 3,3 pontos percentuais (p.p.), e aumento em relação ao mesmo trimestre do ano anterior de 1,2 p.p.
A taxa de informalidade anual em 2021 para o Distrito Federal foi de 30,3%, abaixo da média brasileira. A taxa de informalidade para o Brasil foi de 40,1% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (62,9%), Maranhão (59,7%) e Amazonas (58,1%) e as menores, com Santa Catarina (27,7%), Distrito Federal (30,3%) e São Paulo (30,5%).
Taxa de desocupação do DF tem queda em comparação com 1º trimestre de 2021
No Distrito Federal, a população desocupada foi estimada em 217 mil pessoas no 1° trimestre de 2022, mantendo-se estável estatisticamente em relação ao mesmo período do ano anterior e em comparação com o trimestre anterior. A taxa de desocupação foi de 12,6%, com estabilidade em relação ao trimestre anterior e queda de 2,4 pontos percentuais em comparação com o mesmo trimestre de 2021.
No Brasil, a taxa de desocupação do 1º trimestre de 2022 foi de 11,1%, mantendo a mesma taxa do trimestre anterior e registrando queda de 3,8 pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (14,9%).
A taxa de desocupação do DF ainda está acima da média da região Centro-Oeste, que foi de 8,5% no 1º trimestre de 2022. Em comparação com as unidades da Federação (UFs), o DF ocupa a 12ª posição entre as UFs com maiores taxas de desocupação. Bahia (17,6%), Pernambuco (17,0%) e Rio de Janeiro (14,9%) registraram as maiores taxas, enquanto Santa Catarina (4,5%), Mato Grosso (5,3%) e Mato Grosso do Sul (6,5%) apresentaram as mais baixas.
Taxa de desocupação do DF por trimestres (%)
A taxa composta de subutilização da força de trabalho do DF foi de 22,2% no 1º trimestre de 2022, mantendo-se estável estatisticamente em relação ao trimestre anterior (23,9%) e com queda de 3,6 pontos percentuais em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior (25,7%).
A subutilização da força de trabalho, que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) recomenda, desde 2013, que seja medida pelos órgãos oficiais de estatística, engloba os desocupados, aqueles na força de trabalho potencial e os subocupados por insuficiência de horas. A taxa de subutilização da força de trabalho é a porcentagem que esta subutilização representa dentro da força de trabalho ampliada (pessoas na força de trabalho somadas à força de trabalho potencial).
No 1º trimestre de 2022, o rendimento médio real habitual de todos os trabalhos das pessoas ocupadas no Distrito Federal foi estimado em R$ 4.247, apresentando estabilidade em relação ao trimestre anterior. No entanto, em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, houve queda de R$475.