Síndrome do fim de ano: Por que o mês de dezembro pode piorar sintomas de ansiedade? Especialista explica
Sintomas de ansiedade e depressão podem piorar nas festas de fim de ano por diversos fatores, destaca o psiquiatra Dr. Flávio H. Nascimento
O mês de dezembro é um dos mais movimentados do ano, marcado por diversas mudanças de rotina, com feriados, recessos de trabalho, festas de fim de ano, reencontro com familiares, lista de promessas para o novo ano, viagens, etc., mas toda essa movimentação pode contribuir para o que muitos chamam de “síndrome do fim de ano”.
O que é a síndrome do fim de ano?
A síndrome do fim de ano não é um transtorno reconhecido, mas sim, refere-se ao agravamento de sintomas como ansiedade, depressão, estresse, falta de foco, e tensão durante o mês de dezembro.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Isma-Brasil (International Stress Management Association – Brasil), o nível de estresse do brasileiro sofre um aumento médio de 75% no período próximo às festas de fim de ano. Esse tipo de sintoma pode ser sentido com mais intensidade em pessoas que já tinham condições anteriores.
O que causa a síndrome de fim de ano?
De acordo com o psiquiatra especialista em ansiedade, Dr. Flávio H. Nascimento, o aumento desse tipo de sintoma nesta época do ano pode estar relacionado à pressão por resultados e confronto com a realidade.
“As causas desse aumento de ansiedade em dezembro não é totalmente definido e pode estar relacionado há uma infinidade de fatores, no entanto, um dos principais é a pressão social. Festas de fim de ano são marcadas por encontros com familiares e amigos, o que pode gerar pressão para apresentar resultados obtidos durante o ano, uma expectativa que muitas vezes não condiz com a realidade”.
“Além disso, a atmosfera criada em torno do fim de ano, como um período mágico, associado a vitórias, conquistas, à felicidade, entre outros, pode gerar uma expectativa não correspondida, o que, associado à tradicional lista de metas para o ano novo, pode gerar um confronto com a realidade e uma quebra de expectativa capaz de aumentar o nível de estresse e ansiedade”, destaca Dr. Flávio H. Nascimento.
—
Sobre Dr. Flávio H. Nascimento
Dr. Flávio Henrique é formado em medicina pela UFCG, com residência médica em psiquiatria pela UFPI e mais de 10 anos de experiência na área de psiquiatria. Diagnosticado com superdotação, tem 131 pontos de QI o que equivale a 98 de percentil e é membro do CPAH – Centro de Pesquisa e Análises Heráclito como pesquisador auxiliar.
Créditos: Dr. Flávio H. Nascimento (MF Press Global) Foto Ilustrativa (Pexels)