Rei Charles III está em tratamento contra o câncer

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Revelação serve de alerta para conscientizar a população sobre a doença. Professora do Uniceplac explica por que o diagnóstico precoce é tão importante

O rei Charles III, do Reino Unido, foi diagnosticado com um tipo de câncer, conforme anunciado pelo Palácio de Buckingham nesta segunda-feira (5/2). A doença foi descoberta durante um recente tratamento para o aumento da próstata. Embora o Palácio de Buckingham não tenha revelado o tipo de câncer, eles afirmam que foi descoberto em estágio inicial e o rei já está em tratamento. A revelação que preocupou o mundo, serve como um alerta para conscientizar a população sobre a doença.

Descobrir um câncer em estágio inicial melhora o prognóstico do quadro. Quanto mais cedo um tumor for identificado, maiores as chances de cura. Porém, na maioria das vezes, os sinais e sintomas da doença podem ser “genéricos” e só aparecem em estágios avançados.

“De modo geral, o diagnóstico correto é feito por meio de uma biópsia, que consiste na retirada de um fragmento de tecido da lesão suspeita. Exames de imagem ou sangue podem ajudar no diagnóstico, mas a certeza se dá com a realização desta biópsia”, explica Dra. Patrícia Werlang Schorn, oncologista clínica e professora no curso de Medicina do Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos (Uniceplac).

De acordo com a médica, atualmente, alguns tipos da doença são passíveis de diagnóstico precoce por meio de realização de exames de rastreio. São eles: o câncer de pulmão (tomografia de tórax sem contraste); câncer de mama (mamografia); câncer de intestino (colonoscopia); câncer de colo uterino (citopatológico ou preventivo do colo uterino – o famoso Papanicolau); câncer de pele (dermatoscopia e o exame físico da pele); e o câncer de próstata (PSA, toque retal e ressonância de próstata). “Cada exame citado apresenta uma indicação em termos de gênero, idade e fatores de risco associados” , orienta Dra. Patrícia.

Como nem todos os tipos de câncer são sintomáticos, exames de rotina são fundamentais para a descoberta da doença. “Em geral, quando os sintomas existem, a doença já deixou de ser inicial. Não é uma regra, mas geralmente é assim que acontece. Por isso, visitas periódicas a um especialista é importante”, explica a médicaEstar atento aos sintomas específicos ao órgão doente também pode contribuir para um diagnóstico precoce. “Falta de ar pode estar associado a câncer de pulmão; sangramento nas fezes ou mudança do hábito intestinal ao câncer de intestino; dores ósseas difusas podem estar relacionadas ao câncer ósseo; nódulos mamários ao câncer de mama. Mas é importante observar que, embora muitos sintomas não sejam determinantes para o câncer, eles ajudam na investigação ou chamam atenção para alguma alteração que possa necessitar de avaliação médica”, observa Dra. Patrícia.

O câncer ocorre devido ao crescimento anormal das células, que formam tumores e invadem tecidos do corpo. Existem mais de 100 tipos de câncer, e as chances de desenvolvê-los aumentam com o envelhecimento. “Na medida em que um indivíduo envelhece, fisiologicamente a sua imunidade tende a baixar. E esse é um dos motivos pelo qual a incidência do câncer aumenta com a idade. Além disso, pessoas com familiares de primeiro grau com alguns tipos de câncer têm mais chance de desenvolver a doença quando se compara com a população em geral. Atualmente, os rastreios são específicos para determinados grupos etários e fatores de risco”, orienta a professora do Uniceplac.

No Brasil, os tipos de câncer mais comuns são de mama e colo uterino em mulheres; e próstata em homens, seguidos de câncer de pulmão e intestino em ambos os sexos.

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