Relações de Trabalho
- Adelmir Santana, Presidente da Fecomércio-DF
Todos os dias eles se preocupam em atender aos nossos pedidos. Estão atrás dos balcões, na entrada das lojas ou nos caixas. Esses são os trabalhadores dos setores de comércio, serviços e turismo. Sem esse contingente, as farmácias não abrem, os supermercados não funcionam e as marcas não vendem. Em contrapartida, o nosso Sistema, por meio do Sesc e do Senac, procura ofertar de maneira mais acessível ou gratuita opções de educação profissional, saúde, cultura, esporte e lazer para a família comerciária. Essa valorização do trabalhador é fundamental. Costumo dizer que o capital humano é o ativo mais importante de uma empresa. Podemos falar de patrimônio físico ou financeiro, mas nada substitui as pessoas.
Em tempos de avanços tecnológicos e mudanças na forma de produzir, acredito, inclusive, que devemos continuar lutando por melhores condições de trabalho e pela devida evolução das normas que regem esse universo. Flexibilizar a relação entre patrão e empregado não significa extinguir direitos. Constatamos durante todo o processo de aprovação da reforma trabalhista que a legislação pode acompanhar as transformações do mundo, se tornando mais prática e eficiente, sem que isso signifique retirada de benefícios ou prejuízos para o trabalhador. Não estou entre os fatalistas que demonizam qualquer alteração no mundo do trabalho.
Com certeza, daqui para frente, nós veremos cada vez mais um processo de automação do varejo e de outros segmentos. Mas por trás das máquinas, creio, sempre existirão pessoas. E elas devem prevalecer, assim como devem prevalecer seus direitos. Temos que continuar defendendo garantias dos trabalhadores e na mesma proporção temos que lutar para manter as atualizações na legislação trabalhista. É essa evolução que garantirá relação equilibrada entre patrões e empregados, pois, repito: não existe empresa sem funcionários e os trabalhadores merecem todo o nosso respeito e agradecimento.
