Pesquisa exclusiva indica Eliana Pedrosa na frente na corrida ao Buriti
Reportagem do JBr aponta Eliana Pedrosa em primeiro lugar. Veja a seguir:
Ex-deputada tem 17,2%, enquanto Fraga vai a 13,1% e Rollemberg a 11,5%. Logo atrás está Rosso, com 9,9%. A seguir vêm Ibaneis, Paulo Chagas, Guerra e Miragaya
Francisco Dutra
francisco.dutra@grupojbr.com
Eliana Pedrosa (Pros), Alberto Fraga (DEM) e Rodrigo Rollemberg (PSB) correm no primeiro pelotão na eleição para o Governo do Distrito Federal (GDF). Segundo pesquisa do Instituto Exata de Opinião Pública (Exata OP), registrado no Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF) com o número DF-02709/2018 e publicada com exclusividade pelo Jornal de Brasília, os três estão, tecnicamente, empatados na dianteira.
Eliana Pedrosa dispara com 17,2% da intenção de voto estimulada. Fraga é municiado por 13,1% da preferência, enquanto Rollemberg soma 11,5% das intenções dos eleitores. Para o diretor do Exata OP, Marcus Caldas, Pedrosa começa a se destacar na ponta. Rogério Rosso (PSD) chegou a 9,9% e está também em empate técnico com Fraga e Rollemberg.
Ibaneis Rocha (MDB) marca 5,7%, seguido pelo general Paulo Chagas (PRP), com 3,4%. Alexandre Guerra (Novo), Júlio Miragaya (PT) e Fátima Sousa (PSol) têm, na sequência, 2,9%, 2,5% e 2,1%. Antônio Guillen (PSTU) somou 0,6%. A candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral de Renan Rosa (PCO) também tem 0,6% – o candidato recorre da decisão. Indecisos e nulos somam 30,7% do eleitorado.
A pesquisa entrevistou 1.279 pessoas entre os dias 4 e 7 de setembro. O intervalo de confiança é de 95%. A margem de erro é de três pontos percentuais, negativos ou positivos. Isso explica, por exemplo, o empate técnico entre Eliana, Fraga e Rollemberg. Segundo Caldas, nesta etapa da eleição, o alto percentual de votos indefinidos coloca a disputa eleitoral em aberto.
No voto espontâneo. Pedrosa lidera com 5,9%. Fraga marca 5%, enquanto Rollemberg tem 4,9%. As citações ficam muito aquém dos eleitores indecisos e dos que estão dispostos a votar branco ou nulo. Juntos, estes somam 73,6%.
Incerteza: 47% dos eleitores do DF admitem rever sua decisão de voto
O voto declarado de hoje pode não ser o mesmo das urnas de 7 de outubro. O risco de reviravoltas é real. Afinal, 47% dos eleitores e eleitoras podem mudar de candidato na hora da votação eletrônica. Por outro lado, 51% estão, por enquanto, com certeza do voto.
“A definição do voto está muito baixa. O fato de termos 47% indefinidos aumenta as chances de mudanças. Isso prova que o voto está sendo escolhido durante a campanha”, reforça Marcus Caldas.
Ou seja, campanhas distantes do primeiro pelotão podem supreender, caso definam estratégias competitivas. Da mesma forma, os atuais líderes não estão blindados de erros e tropeços. O jogo não está jogado.
O voto mais consolidado é de Miragaya. Entre os eleitores do petista, 77,4% estão certos do voto. Paulo Chagas também está na área de conforto. O militar está entrincheirado com 61% dos votos garantidos. Ibaneis sustenta uma intenção de voto segura de 60,3%.
Rollemberg tem os votos cimentados em 55.2%. Guerra tem 51,4%. A líder na intenção de voto, Eliana Pedrosa é ameaçada por uma taxa de inversão maior do que o índice de segurança. Apenas 49,8% de seus eleitores estão firmes.
Fraga tem 49,1% de indefinição, enquanto Rosso conta com 46,3%. Fátima está protegida por somente 46,2%. Guillen se equilibra com 42,9% e Renan Rosa cambaleia na taxa de 33,3%.
Pelo diagnóstico de Marcos Caldas, a segurança de Miragaya reforça a fidelidade do eleitorado do PT. Mas, ao mesmo tempo, a baixa intenção de voto também é um sinal da queda do teto eleitoral do partido no DF.
A instabilidade do voto é apimentada pelas grandes taxas de rejeição dos candidatos. O governador Rollemberg continua a ocupar a dianteira nesta questão. Na avaliação de multipla escolha entre os candidatos, amargou uma rejeição de 50,6%.
Fraga vem na sequência, com 25,9%. Rosso não é bem quisto por 16%. Segundo 15,1% dos eleitores, Pedrosa não é uma opção viável. Miragaya sofre com 15%. Fátima Souza não convence 11%.
Ibaneis Rocha é rejeitado por 10,2%. Paulo Chagas não entra na cabeça de 10,1% dos eleitores. Renan Rosa e Guillen não têm chances com, respectivamente, 9,9% e 9,6%. Alexandre Guerra compete com a menor rejeição. Apenas 8,6% do eleitorado descarta por completo o nome do Novo.
De acordo com a pesquisa, 19,7% não rejeitam nenhum dos candidatos. A rejeição será um fator importante em um provável segundo turno das eleições.
Cristovam lidera no Senado
A campanha de reeleição do senador Cristovam Buarque (PPS) é líder na briga pelo Senado Federal. Segundo a pesquisa Exata OP, na soma das intenções para o primeiro e o segundo voto, o parlamentar tem 27,6% dos eleitores. Leila do Vôlei (PSB) joga no segundo posto com 18,1%. Paulo Octávio (PP) estuda voltar para a eleição. E a pesquisa mostra que o empresário tem fôlego para mudar o jogo.
“Cristovam é muito forte no primeiro voto (21,2%). Já não é tanto no segundo (6,4%). Leila tem gás no primeiro (9,9%), mas cresceu muito no segundo (8,2%), explica Marcus Caldas. A votação de Leila mostra o quanto é importante para os candidatos montar uma tática para conquistar o segundo voto nesta eleição.
Izalci Lucas marca, na soma do primeiro e do segundo voto, 13,6%. O deputado distrital Chico Leite (Rede) segue com 12,9%. Wasny de Roure (8,6%) alcança 8,6% do eleitorado.
“Nós decidimos colocar Paulo Octávio na pesquisa. Ele não é candidato, mas existe uma especulação de que ele pode voltar a concorrer. Sem fazer campanha, ele aparece com 6%. É muito. Isso mostra que se ele entrar na eleição pode desequilibrar todo o cenário”, comenta Caldas.
Ao longo das últimas semanas, PP e Paulo Octávio avaliam entrar na disputa do Senado. Na avaliação de Caldas, o eleitorado conservador e liberal de Brasília ainda procura representantes para o cargo de senador. O empresário pode inclusive puxar o segundo voto para aliados da direita. A mudança pode ocorrer até 17 de setembro.
Saiba Mais
Eliana está muito forte no voto feminino. Ganha dos concorrentes na votação entre as mulheres. Também tem força entre os jovens e as classes D e E. Segundo Marcos Caldas, o fôlego de Pedrosa com os mais humildes nasce na aliança com a família do ex-governador Joaquim Domingos Roriz.
Fraga cresce entre os eleitores com mais de 38 anos. A campanha ganha terreno em grande parte das classes sociais, entre as núcleos familiares E e B.
Chama muito a atenção o desempenho de Ibaneis. Para Caldas, do Exata, ele está descolado dos demais novatos e tende a crescer. O grande problema para sua campanha é o curto tempo desta eleição. Ele começa a ser conhecido entre homens e mulheres, dos 27 aos 48 anos. E atinge as classes C e B.
De olho
Perto de segundo turno, campanhas se intensificam
Na interpretação de Marcus Caldas, nas condições políticas atuais, Eliana está a um passo da vaga para eventual segundo turno das eleições. Pelo contexto atual, Fraga teria mais chances de disputar as urnas de 28 de outubro.
Coincidência ou não, nos últimos dias, Fraga intensificou muito o ritmo de campanha. Além de priorizar o corpo a corpo com os eleitores nas ruas, subiu o tom das críticas ao atual governador. Rollemberg também acelerou a campanha, na mesma batida.
Segundo a pesquisa os votos indecisos, brancos e nulos se concentram nas mulheres, acima dos 49 anos, nas classes E, D e A.
A indecisão também paira na corrida pelo Senado. Na soma do primeiro e do segundo voto, cujo total é 200%, indecisos somam 65,5%. Nulos batem no patamar de 27%.
Até a eleição, o Jornal de Brasília publicará novas pesquisas da Exata OP sobre o cenário eleitoral do DF.