Rio Grande do Sul estuda recolher arma de agentes de seguranças indiciados pela Lei Maria da Penha
O vice-governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior, anunciou nesta semana que o estado pretende decretar que a posse e o porte de armas de policiais, bombeiros militares e agentes penitenciários sejam recolhidos caso respondam por crimes no âmbito da Lei Maria da Penha. O pedido partiu da deputada federal Flávia Arruda (PL/DF), coordenadora da comissão externa de combate à violência contra a mulher e feminicídio na Câmara dos Deputados.
Ranolfo participou da comissão nesta semana como secretário de segurança do estado. “Vou levar ao Rio Grande do Sul esta experiência afim de que façamos um estudo para aplicarmos também um decreto semelhante”, garantiu durante audiência pública com outros secretários.
A deputada Flávia Arruda esclareceu que este é um passo importante para os estados e por isso enviou a todos o mesmo pedido de decreto. Segundo a parlamentar, a ação tem sido acolhida pelas categorias no Distrito Federal, primeira unidade da federação a implantá-la.
“Não há nenhuma resistência porque estas corporações que tanto lutam para combater a violência na nossa cidade não querem ter seus nomes manchados por uma minoria que comete violência contra mulheres”, afirmou a deputada.
Participaram também da audiência os secretários da Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Gustavo Torres; do Piauí, Fábio Abreu Costa; e a major Orlinda Cláudia Rosa de Moraes, representando a secretaria de Polícia Militar do Rio de Janeiro.