“Enluarada – Uma Epopeia Sertaneja” resgata cultura do interior de Minas Gerais em história de amor e morte­­­­­­

Filha de mineiros, a atriz Caísa Tibúrcio cresceu ouvindo histórias da cultura popular de Minas Gerais. Entre 2014 e 2016, esteve em Patos de Minas para colher depoimentos e pensar na montagem de “Enluarada – Uma Epopeia Sertaneja”. A peça estará em cartaz, no Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul), de 27 a 29 de setembro, e de 4 a 6 de outubro, sexta e sábado; às 20h, domingo; às 19h. Entrada franca.  

No palco, uma típica cozinha mineira foi o cenário escolhido para contar a história da jovem donzela Maroca e seu grande amor Heitor, vaqueiro e também violeiro. Enquanto prepara uma galinhada – passando por todos os processos, desde a retirada da pele do frango, o corte em pedaços, depois o cozimento e finalização – a atriz conta a narrativa que tem como pano de fundo uma epopeia no interior campestre mineiro, que mistura histórias inventadas e lembradas, a partir de suas vivências familiares. Ao término do preparo, que coincide com o fim do espetáculo, Caísa oferece a comida ao público como uma grande celebração do teatro.

Ela conta que o processo de composição da peça passou por um momento de pesquisa do “Teatro de Objetos” com o Grupo Sobrevento, de São Paulo, referência nessa técnica. “Sandra Vargas, integrante do grupo, desenhou, no início do processo, junto comigo e com o diretor Denis Camargo, a manipulação dos objetos da cozinha e dos alimentos.  O trabalho dela foi muito importante, pois o desenho das ações foi conduzido com olhar dessa linguagem”, diz Caísa, que passou uma semana na capital paulista focada nesse trabalho.

Com direção musical de Fernando César, a trilha assume papel de destaque. Para “Enluarada”, Zé Mulato & Cassiano deram voz à “Vou deixar a minha terra”, composição de Milena Tibúrcio. A letra fala da saudade do sertão, remetendo à  história, que resgata a cultura do interior de Minas Gerais em história de amor e morte. 

Zé Mulato & Cassiano são referência em música tradicional e já ganharam o Prêmio Sharp, na categoria Melhor Dupla Regional pelo álbum “Meu Céu”. Em 2015, foram vencedores do 26º Prêmio da Música Brasileira na categoria Melhor Dupla Regional.

Outras canções autorais também foram gravadas, como “Andarilho”, composição de Milena Tibúrcio e do letrista Caio Tibúrcio, “Senhora do Destino”, com letra de Caísa e melodia de Fernando César, que assina ainda as músicas instrumentais, e “Enluarada”, letra composta pela atriz e melodia assinada pela musicista Milena Tibúrcio. O repertório inclui ainda “Lua Branca”, de Chiquinha Gonzaga, e “Moreninha”, da cultura popular, ambas de domínio público. Além de narrar a história, a artista canta e toca acordeom.

A peça referencia a época de ascensão da música caipira nas rádios e em todo o Brasil, quando surgiram nomes como Tonico e Tinoco, Inezita Barroso, Tião Carreiro e Pardinho, Irmãs Galvão e tantos outros que embalaram muitos mineiros que vieram para o Centro-Oeste na construção da capital federal, onde existe uma forte influência da cultura mineira. “A montagem pretende poetizar esse universo e ressaltar essa presença na criação da cidade, na formação de sua identidade e dos candangos”, comenta Caísa.  As músicas de viola caipira e da Folia de Reis também estão presentes.

“Enluarada – Uma Epopeia Sertaneja” traz à tona os mitos e ritos que envolvem histórias tradicionais e percorre o mundo invisível, revelando o universo fantástico e ficcional do interior brasileiro. As personagens presentes na cultura popular mineira, como os caipiras, violeiros, garimpeiros, vaqueiros, santos e moças, permitem a comunicação com o público a partir da história narrada.

Porém, mesmo sendo uma história regional, ela fala de sentimentos universais e atemporais como o amor e a morte. “Falo sobre questões e aflições humanas, não só da cultura e da linguagem do ‘minerismo’. É o regionalismo que se torna universal. Busquei um certo arcadismo da língua portuguesa, com palavras e termos ligadas à região e ao passado, mas penso que a dramaturgia, mesmo cravada e gravada no documento e no detalhe de um lugar, um povo, uma época, ela se libera para falar do ser humano”, ressalta a atriz.

Caísa lembra que quando se fala a palavra “sertaneja” muitas vezes as pessoas lembram do sertão nordestino ou da música sertaneja brega. Mas muitos defensores da cultura popular tradicional usam as palavras sertão e sertanejo para se referir ao interior do Brasil, ao Cerrado e à música tradicional, chamados de raiz. “A dupla Zé Mulato e Cassiano levantam essa bandeira fortemente. Faço referência ao Cerrado e ao ‘interiorzão’ do Brasil, sobretudo da região Centro-Oeste, ainda pouco falada”.  Foto: Diego Bressani

Ficha técnica do espetáculo: 

Concepção e Atuação: Caísa Tibúrcio

Dramaturgia: Caísa Tibúrcio

Direção Cênica: Denis Camargo

Direção Musical: Fernando César

Orientação teatro de objetos: Sandra Vargas/ Grupo Sobrevento

Cenário: Caísa Tibúrcio, Denis Camargo e Roustang Carrilho

Figurino: Roustang Carrilho

Iluminação: Ana Quintas

Fotografia: Diego Bresani

Designer Gráfica: Jana Ferreira

Teaser:  Lola Medeiros e Lucas Tibúrcio

Registro audiovisual: Fabiano Morari

Assessoria de imprensa: Agência Atelier

Produção Executiva: Caísa Tibúrcio

Assistente de produção: Tiana Oliveira

Gestão Financeira: Dois de Ouro Produções

Ficha Técnica da Trilha Sonora:

·         Senhora do Destino – Fernando César e Caísa Tibúrcio

Violão 7 cordas – Fernando César

Viola – Cacai Nunes

Flautas – Thanise Silva

Percussões – Valerinho Xavier

·         Lua Branca – Chiquinha Gonzaga

Violões – Fernando César

Flauta – Thanise Silva

Cavaquinho – Valerinho Xavier

·         Maroca e Heitor – Zé Mulato e Cassiano

·         Folia de Reis

Viola – Cacai Nunes

Cavaquinho – Fernando César

Percussões – Valerinho Xavier e Cacai Nunes

·         Moreninha se eu te pedisse – Domínio Público

·         Andarilhos – Caio Tibúrcio e Milena Tibúrcio

·         Improvisos de viola caipira e viola de cocho – Cacai Nunes

·         Lambada de Maroca – Fernando César

Violão 7 cordas – Fernando César

Viola – Cacai Nunes

Flautas – Thanise Silva

Percussões – Valerinho Xavier

·         Enluarada – Milena Tibúrcio e Caísa Tibúrcio

Voz – Lorena Ly

Viola – Cacai Nunes

Violões – Fernando César

Baixo e percussões – Valerinho Xavier

Gravado, mixado e masterizado no Feedback Studio por Valerinho Xavier.

A dupla Zé Mulato e Cassino gravou uma música inédita para peça. Confira: https://bit.ly/2mw00g2
Vídeos teaser: https://bit.ly/2kWSYAQ

Serviço:

“Enluarada – Uma Epopeia Sertaneja”

Data: 27, 28 e 29 de setembro e 4,5 6 de outubro
Horários: 20h (sexta e sábado) e 19h (domingo)
Local: Sala Multiuso do Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul)
Classificação indicativa: 12 anos
Entrada franca

Assessoria de imprensa:

Agência Atelier – Diana Leiko e Camila Rezende

Contato: diana@atelierbrasilia.com | (61) 98132-4929

                redacao@atelierbrasilia.com | (61) 99333-0579           

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