Câmara Legislativa realiza audiência pública para conscientizar a população sobre o Fevereiro Roxo
Por solicitação do deputado distrital, Robério Negreiros (PSD), a Câmara Legislativa do Distrito Federal vai realizar, na terça-feira (18), às 10 horas, audiência pública para conscientizar a população sobre a fibromialgia, Lúpus e Alzheimer, patologias tema da campanha Fevereiro Roxo. O objetivo do encontro é conscientizar a população para a importância do diagnóstico precoce e correto. As doenças representadas pela campanha são nitidamente distintas, mas possuem em comum o fato de serem patologias que não possuem cura.
A campanha “Fevereiro Roxo” surgiu em 2014, na cidade de Uberlândia, em Minas Gerais. Não existe um calendário oficial de conscientização, mas o trabalho, geralmente, é feito por organizações não governamentais (ONGs) e, muitas vezes, é apoiado por prefeituras e governos estatais, que promovem palestras, ações de informação e até mutirões de saúde.
A audiência tem como foco compartilhar informações sobre sintomas e tratamentos disponíveis, para proporcionar aos portadores de fibromialgia, Lúpus ou Alzheimer o máximo de bem estar possível.
É importante destacar que quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de resposta positiva ao tratamento dos sintomas associados às doenças, podendo até mesmo retardá-los.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Alzheimer costuma evoluir de forma lenta e progressiva. A partir do diagnóstico, a sobrevida média oscila entre 8 e 10 anos. O Alzheimer destrói as funções do cérebro e não tem cura. A doença possui as fases leve, moderada e grave. O comprometimento funcional é o que determina em qual delas o paciente está inserido. Na fase leve, geralmente quando a medicação é adotada, ele leva uma vida praticamente normal e o esquecimento não chega a ser empecilho para as atividades corriqueiras.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o Alzheimer afeta cerca de 35,6 milhões de pessoas em todo o mundo, número que deve dobrar em 2030. No Brasil, o cálculo da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) é de que 1,2 milhão já sofram os efeitos da neurodegeneração.
Considerada uma doença inflamatória autoimune, o lúpus ocorre quando o próprio sistema imunológico ataca tecidos saudáveis do corpo por engano. O nome científico é “Lúpus Eritematoso Sistêmico” (LES) e pode afetar diversos órgãos e tecidos do corpo, como pele, articulações, rins e cérebro. Em casos mais graves, especialmente se não for tratado adequadamente, pode levar à morte.
Normalmente, a pessoa descobre que tem lúpus após uma crise desencadeada por algum desses fatores: exposição à luz solar de forma inadequada e em horários inapropriados; infecções que podem iniciar o lúpus ou causar uma recaída da doença; uso de alguns antibióticos e de medicamentos usados para controlar convulsões e pressão alta.
A dica é ficar bem atento aos sintomas da doença. “O que mais chama atenção é o aumento da sensibilidade da pele ao sol, vermelhidão em áreas expostas à luz solar, assim como o aparecimento de manchas e placas vermelhas pelo corpo”, informa o RTD de Reumatologia.
A fibromialgia é uma doença reumatológica, que acomete por volta de 3% da população brasileira, em sua maioria mulheres adultas, conforme dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). A principal característica é o aparecimento de uma dor muscular crônica e generalizada, acompanhada de sintomas como fadiga, alterações de sono, memória e humor.
Infelizmente, a medicina ainda não entende muito bem como a doença opera dentro do corpo humano. Sabe-se que, sem tratamento, ela pode evoluir para a incapacidade física e a limitação funcional, complicações com bastante impacto na qualidade de vida do paciente.
Com o tratamento adequado, que envolve tanto o uso de medicamentos quanto a prática de terapias, como fisioterapia e acupuntura, é possível que o paciente tenha uma grande melhora na qualidade de vida e possa viver normalmente.
Portanto, devido à complexidade dos temas, a discussão é de extrema importância para a população do Distrito Federal. —