Pessoas com Transtorno do Espectro Autista poderão ter sessão de cinema adaptada
Se depender do deputado distrital Robério Negreiros (PSD), as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus familiares terão sessões de cinema adaptadas no âmbito do Distrito Federal. O Projeto de Lei nº 1.320/2020, de autoria do parlamentar e que tramita na Câmara Legislativa do DF – CLDF, obriga os proprietários de cinemas a reservarem, no mínimo, uma vez por mês, sessão destinada às crianças e adolescentes com TEA, com o objetivo de promover a inclusão, ambientar e acolher as pessoas autistas em salas de cinema e fazer com que essa atividade seja uma extensão do processo de tratamento.
De acordo com a Proposição, durante as sessões não será exibida publicidade comercial, as luzes deverão estar levemente acesas, o volume de som será reduzido e as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus familiares poderão entrar e sair durante a exibição do filme, sendo que essas adaptações não poderão acarretar aumento no valor dos ingressos.
Para o deputado Robério, o que se pretende é promover política pública séria, garantindo o acesso dessas pessoas à cultura e lazer. “Os autistas têm questões de processamento sensorial que fazem com que estímulos, como as luzes e os barulhos cheguem de forma diferente ao cérebro, às vezes mais fortes do que deveriam, o que, em alguns casos, acaba se tornando insuportável. Por isso existe a necessidade de adaptação, de acessibilidade”, ressaltou o distrital.
Robério Negreiros frisou que o acesso desses consumidores ao cinema não é uma tarefa fácil. A hiperatividade, a dificuldade de concentração, a necessidade de permanecer sentado durante muito tempo, além da sensibilidade auditiva e visual, tornam uma sessão convencional de cinema um desafio, por vezes, intransponível. “O que propomos é que haja uma sessão totalmente voltada à atenção desse público, a fim de garantir conforto e tranquilidade a todos”, declarou o deputado.