A Pfizer anunciou, em parceria com a BioNTech, a proposta de expandir os ensaios clínicos de Fase 3 de sua vacina

Em entrevista à rede americana CBS, o CEO da Pfizer, Albert Bourla, mostrou confiança em, até o final de outubro, ter conclusões sobre a eficácia ou não da potencial vacina contra a Covid-19 produzida pela farmacêutica em parceria com a BioNTech.

A declaração vem dias após o CEO da BioNTech, Ugur Sahin, fazer projeção semelhante em entrevista à CNN.

Sahin afirmou que espera ter uma vacina pronta para aprovação regulatória em meados de outubro.

Expectativas

“No melhor cenário, temos uma boa chance, mais de 60%, de saber se o produto funciona ou não até o final de outubro”, disse Bourla.

“Mas é claro, isso não significa que funcione. Isso significa que saberemos se funciona”, completou.

Contudo, quando questionado se as pessoas teriam que esperar até 2021 para receber a vacina, Bourla disse que não sabia quanto tempo levaria para os reguladores aprovarem o medicamento.

“Temos boas chances de saber se o produto funciona até o final de outubro. Então, é claro, é o trabalho do regulador emitir (uma) licença ou não”, declarou.

Trâmites legais

O CEO acredita, porém, que a distribuição da vacina será um problema.

O transporte de medicamentos é complexo, principalmente quando precisam de condições especiais de armazenamento.

Em compensação, ele declarou que “a Pfizer já sabe fazer isso muito bem”.

Segundo Bourla, a Pfizer já começou, portanto, a fabricar a vacina e centenas de milhares de doses estão prontas.

Maior diversidade em testes

A Pfizer anunciou, também, em conjunto com a parceira alemã BioNTech, a proposta de expandir os ensaios clínicos de Fase 3 de sua vacina.

Desse modo pretende incluir 44.000 participantes e populações de pacientes mais diversas, incluindo pessoas de até 16 anos.

Isso vai além do plano inicial de 30.000 participantes, um ampliação que eles ainda planejam definir.

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