Mais 30 artesãos foram selecionados para venderem seus artesanatos na loja do Pátio Brasil sem pagar nada
No meio de lojas famosas que revendem produtos comercializados no país e no mundo inteiro está a Artesanato de Brasília, que funciona no térreo do Pátio Brasil e foi lançada pela Secretaria de Turismo em dezembro de 2019. A artesanato Brasília quebrou o paradigma de que shopping é local somente de grifes.
A iniciativa faz parte da Rota do Artesanato e já acomoda a exposição de 90 artesãos de Brasília contanto com esse terceiro ciclo. Todos selecionados por meio de chamamento público que ocorre a cada três meses. O espaço é oferecido pelo Shopping Pátio Brasil, que não cobra aluguel da loja, apenas a despesa com iluminação.
A cada três meses, os ciclos se renovam. Cada turma contém, no máximo, 30 artesãos. O projeto piloto ocorreu em novembro de 2019 e teve a duração de cinco meses. O segundo ciclo seria encerrado em março, mas, devido à pandemia de Covid-19, acabou se estendendo até agora, porque os shoppings ficaram fechados entre março e maio deste ano.
A secretária de Turismo, Vanessa Mendonça, conferiu de perto os produtos que essa nova turma de artesãos expõe na Artesanato de Brasília. No estabelecimento situado no térreo, há bordado, cartonagem, cerâmica, três modalidades de costura (patchwork, retalho e confecção de boneca de pano), crochê, flores do Cerrado, entalhe em madeira, marcenaria, marchetaria, mosaico, ourivesaria, pintura a mão livre, renda macramê, renda renascença e tapeçaria arraiôlo.
Logo na chegada à loja, Vanessa não se conteve em elogiar o aspecto visual da Artesanato de Brasília, mesmo já tendo ido outras vezes ali. “Todas às vezes venho aqui e vejo essa fachada, penso: ‘Meu Deus, que conquista”’, desabafa ela.
Sobre o significado que o espaço situado num importante shopping center da cidade tem para esses artesãos, ela acrescenta: “Essa é uma conquista porque é um espaço muito privilegiado. Uma oportunidade que o shopping nos deu. Desejo que vocês tenham muito sucesso e comercializem absolutamente tudo”.
Entre um olhar na secretária, que dava as boas-vindas ao grupo do novo ciclo, e outro nos clientes, Gilda de Sousa, 53 anos, disse que já havia feito oito vendas naquela tarde de segunda-feira (7/12). Artesão com experiência de 20 anos, ela sempre expunha seus produtos de cartonagem em feiras de artesanatos. “É a primeira vez que alguém abre esse espaço para a gente. É muito boa a iniciativa da Setur”, diz ela.
Uma das clientes atendidas naquele momento era Isabela Silva, 37. A moradora do Lago Sul também concordou com Gilda sobre a oportunidade que os artesãos têm de mostrar seu trabalho naquele popular centro de lojas. “Eu amo artesanato. Muito legal essa iniciativa de dar dinheiro para quem está fabricando”, destaca.
“O artesanato está no meu dia-a-dia desde o primeiro momento em que eu assumi a Setur”. Assim se despediu Vanessa Mendonça de mais uma visita à Artesanato de Brasília antes de seguir para outra agenda.