O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, ficou em 1,44% em março, na capital federal, após registrar 0,62% em fevereiro. Esse é o maior resultado para o mês de março desde 2003, quando o índice foi de 2,03%. Alcançou a segunda maior taxa do mês na comparação com as demais taxas das 11 Regiões Metropolitanas/Municípios pesquisados. Já a previsão de inflação em nível nacional ficou em 0,93%. No acumulado do ano, o IPCA15 de Brasília registra 2,41%, e no acumulado em 12 meses está em 5,06%. Os dados foram divulgados hoje (25) pelo IBGE. 

Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Brasília apresentam altas em março, sendo que o grupo transportes registra a maior variação mensal (5,15%) e maior impacto (1,15 ponto percentual) no cálculo do índice geral de Brasília. Este grupo não tinha uma variação tão alta desde dezembro de 2002. Vale salientar que foi a maior variação, para este mês de março, na comparação com todas as 11 Regiões Metropolitanas/Municípios pesquisados. A alta em transportes foi em decorrência do aumento nos preços dos combustíveis (13,13%). O maior impacto individual no índice do mês (0,95 p.p.) veio da gasolina (13,24%), alcançando a segunda maior alta do país. Também foram verificadas altas em outros combustíveis tais como óleo diesel (11,73%) e etanol (9,64%).

Para o grupo alimentação e bebidas, a variação mensal de março (0,38%) é a menor desde agosto de 2020 (-0,41%). Os produtos com maiores altas neste grupo são: manga (22,32%); limão (18,85%); mamão (16,10%); cebola (9,47%); brócolis (8,82%); cenoura (5,84%) e feijão-preto (5,69%). No lado das quedas, destaques para batata-inglesa (-18,35%); tomate (-15,94%) e maçã (-8,94%). Vale destacar que o IPCA15 do grupo alimentação e bebidas acumula, em 12 meses, uma inflação de 12,64%.

O grupo habitação (0,89%) registrou o segundo maior impacto no IPCA15 de março, em Brasília, contribuindo com 0,12 ponto percentual no cálculo do índice geral. Individualmente, as maiores altas foram registradas em gás de botijão (3,90%) e água sanitária (2,77%)  

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 12 de fevereiro a 15 de março de 2021 (referência) e comparados aos vigentes entre 15 de janeiro a 11 de fevereiro de 2021 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.