Aurora da minha vida: espetáculo traz reflexões entre oprimido e opressor em uma sala
História
O coletivo multilinguagem Arte&Cena foi fundado em 2001 e consolidou-se integrando artistas do teatro, dança, audiovisual, artes plásticas, música e da literatura. Obtendo amplo reconhecimento e premiações pelo trabalho cultural desenvolvido para ampliar o acesso à cultura, capacitação, sustentabilidade e desenvolvimento da economia criativa. Já o coletivo Abdução, foi criado em 2015, como um coletivo de bandas, grupos musicais e teatrais de Planaltina com o intuito de prover portfólio para artistas do audiovisual e da música. Depois de sua estruturação, conseguiu amplificar seu trabalho cultural feito com o objetivo de trazer aprendizagem e capacitação.
Em 2018, ambos os coletivos fundaram dois Núcleos de Pesquisa e Produção Teatral (nas Regiões Administrativas de Sobradinho e Planaltina) em que foi ofertado, para jovens artistas, capacitação ampla e gratuita nas diversas áreas das artes teatrais.
O espetáculo “Aurora da Minha vida” é um dos resultados deste trabalho pioneiro. Marcos Vasconcelos, proponente e ator do espetáculo iniciou-se no teatro na primeira turma do Núcleo de Planaltina. E assim como todo o elenco de montagem, após a capacitação, passou a integrar o coletivo Arte&Cena.
O espetáculo Aurora Da Minha Vida
A peça Aurora da Minha Vida, se passa em uma sala de aula, em que oito “crianças”, representantes de diferentes segmentos e tipologias da sociedade, são cruelmente moldadas e forçadas a se despolitizar e a repetir modelos sociais, para sobreviver as crueldades de uma escola militarizada. E tem como referência o trabalho de Lars Von Trier, a fim de conceber a estética do “Cenário Infinito” e a simplicidade visual típica do “Dogma 95”, que segue a linha minimalista em detalhes, vestígios e cores.
Segundo o diretor, Cristiano Gomes, o espetáculo além de fazer uma denúncia da ascensão da extrema direita no Brasil, traz reflexões também sobre a crueldade inserida em uma educação militarizada, bem como sobre as possibilidades de mudança, do pensar em soluções mais humanas e prósperas. “Na peça, falamos sobre os oprimidos e sobre as relações de poder, de que forma esses papéis são expressos tanto nos tempos da ditadura, quanto na sociedade atual. O momento vigente trouxe para as relações do dia a dia, situações e comportamentos que não deveriam mais existir, como a normatização das mais diversas formas de preconceito. Escolhemos o texto do Naum, por se aproximar desta reflexão, de uma maneira muito potente e mordaz, que chega a incomodar, e para nós esta é uma das funções da arte, incomodar”, explica Cristiano.
O espetáculo, contemplado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC), fomento da Secretaria de Cultura do Distrito Federal, fará suas apresentações de forma on line via redes sociais, por conta da pandemia do covid-19.
Serviço:
Transmissões sempre às 20h:30
26/12/21
Youtube: https://www.youtube.com/channel/UC91wEPf-I6CTrtBH1rxLFVg
27/12/21
Instagram: https://www.instagram.com/arteecenaoficial/
28/12/21
Facebook: https://www.facebook.com/ArteCenaOficial-104216448790462
29/21/21
Doityplay: https://doity.com.br/