Julho turquesa: 50% da população sofre com olho seco
Umidade baixa é um dos fatores de risco da doença
Ardor, coceira e vermelhidão estão entre os sintomas da síndrome do olho seco. Este é o mês marcado pelo Julho Turquesa, campanha dedicada à prevenção da doença que se caracteriza pelo ressecamento da superfície ocular.De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, cerca de 18 milhões de pessoas desconhecem a doença, que afeta 3x mais mulheres que homens.
Outro fator que agrava a doença, é a baixa umidade. Brasília, por exemplo, é conhecida por ter um período intenso de seca entre agosto e setembro, com umidade relativa do ar chegando a 12%. Um sinal de alerta para a Dra. Núbia Vanessa, médica oftalmologista do CBV-Hospital de Olhos.
“Poucas pessoas têm consciência dos problemas que podem ser gerados ou agravados pela diminuição da lubrificação dos olhos. O uso excessivo de telas, atrelado a baixa umidade, sem os cuidados necessários podem gerar desde alergias a doenças oftalmológicas.”
A conjuntivite também aumenta nesse período de frio e seca, principalmente em crianças, afirma a médica oftalmologista.
“Por não terem a imunidade formada, as crianças são mais propensas às alergias em geral. Porém a conjuntivite alérgica, diferentemente da viral e bacteriana, não é contagiosa”.
A especialista recomenda cuidados como manter o corpo hidratado, usar óculos com proteção solar, não coçar os olhos, descansar os olhos das telas e instilar colírio lubrificante prescrito por seu médico oftalmologista.
A Dra Núbia Vanessa também recomenda que quaisquer alterações é importante buscar um especialista, pois a síndrome de olho seco pode ser prolongada e exacerbada pelo uso de determinadas medicações para outras comorbidades tornando-se necessário tratamentos além do uso de lubrificantes.