Comandante do Exército descarta intervenção militar em entrevista hoje ao Estadão

O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, falou de forma profunda sobre o cenário político e de segurança nacional. Em entrevista a jornalista Eliane Cantanhêde, do “Estado de S. Paulo”, publicada neste domingo (11) o general afirmou que pessoas que pedem a volta da ditadura militar são “tresloucados” e que não existe a mínima chance disso acontecer. “Esses tresloucados, esses malucos vêm procurar a gente aqui e perguntam: ‘Até quando as Forças Armadas vão deixar o País afundando? Cadê a responsabilidade das Forças Armadas?’ E o que ele responde? “Eu respondo com o artigo 142 da Constituição. Está tudo ali. Ponto”. Pelo artigo 142, “as Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, focadas na defesa da Pátria”. Mas o comandante do Exército admite que esses grupos de “civis malucos” representam um risco. “Quando aquele grupo invadiu o plenário da Câmara pedindo intervenção militar, eu liguei para o deputado Jair Bolsonaro perguntando se ele tinha algo a ver com a situação. Ele me respondeu que não estava envolvido. “Pelo que sei o Bolsonaro é um deputado que defende as Forças Armadas. É algo precido com Donald Trump, pois ele vai contra essa exacerbação sem sentido do politicamente correto”. Mas o general alerta que uma atitude insana desses civis pode desencadear uma reação em cadeia. “Uma atitude louca pode gerar uma reação em cadeia pelo País”. O militar revelou que se preocupa com a instabilidade que o País vive. Quando falo de instabilidade, estou pensando no efeito na segurança pública, que é o que, pela Constituição, pode nos envolver diretamente. Aliás, já envolve, porque ‘o índice de criminalidade é absurdo’ e vários Estados estão em situação econômica gravíssima, como Rio de Janeiro, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Minas Gerais. Uma das consequências diretas é a violência. Ao falar sobre a tensão entre o Judiciário e o Legislativo, depois que o ministro Marco Aurélio Mello afastou o senador Renan Calheiros da presidência do Senado por uma liminar e Renan não acatou a ordem judicial, o comandante do Exército admitiu: “Me preocupam as crises entre Poderes, claro, mas eles flutuam, vão se ajustando”. Por fim, Villas Bôas elogia o governo Temer, dizendo que ele tem profundo respeito as instituições. Foto: Dida Sampaio.

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