Por 18 votos a favor e seis ausências, os deputados distritais derrubaram na tarde desta quinta-feira (12) o aumento das tarifas de ônibus no DF, reajustadas no dia 30 de dezembro do ano passado. Como ainda não houve a publicação do Diário Oficial da Câmara Legislativa desta quinta-feira (12), é provável que a edição contemple o decreto legislativo.
Para que as tarifas voltem ao valor anterior, o decreto legislativo também precisa ser publicado no Diário Oficial do DF. O prazo máximo para que isso ocorra é de 15 dias, mas a expectativa é que isso ocorra até segunda-feira (16).
Logo após a sessão, o presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle disse que conversará ainda nesta quinta-feira com o governador Rodrigo Rollemberg, para que a publicação seja feita na sexta-feira (13) no Diário Oficial do DF. Se assim for feito, os preços voltam ao normal na própria sexta. “Está nas mãos do governador. A Câmara já fez a parte dela”, disse o presidente da Casa.
Todos os deputados presentes – incluindo os Juarezão (PSB), Julio Cesar (PRB) e Lira (PHS), que são da base aliada – votaram pela derrubada do decreto que reajustou as passagens. Além deles, estavam em plenário Joe Valle (PDT), Professor Reginaldo Veras (PDT), Professor Israel (PV), Rafael Prudente (PMDB), Wasny de Roure (PT), Chico Vigilante (PT), Ricardo Vale (PT), Bispo Renato Andrade (PR), Liliane Roriz (PTB), Sandra Faraj (SD), Wellington Luiz (PMDB), Celina Leão (PPS), Raimundo Ribeiro (PPS), Cláudio Abrantes (Rede) e Chico Leite (Rede).
Na mesma sessão, os deputados também derrubaram o veto do governador ao orçamento da Casa, que retirava cerca de R$ 60 milhões, no total, do Poder Legislativo em 2017. Os parlamentares garantiram a manutenção de R$ 38 milhões, que serão utilizados para a manutenção da Casa, em despesas como água e energia.
Após a decisão da Câmara, o governador Rodrigo Rollemberg disse que se tratava de uma “medida ilegal, abusiva e totalmente desconectada da realidade financeira do DF”. Na quarta-feira (11), ele afirmou que a Câmara Legislativa tinha autonomia para decidir sobre o veto ao aumento. “Depois disso, vamos tomar nossa decisão”, disse, ao deixar claro que deve recorrer à Justiça para manter o reajuste que elevou as tarifas para até R$ 5.