Carne que Temer e embaixadores jantaram era brasileira, diz Presidência
Segundo funcionários da churrascaria de Brasília, carne bovina é importada da Argentina, Uruguai e Austrália
postado em 19/03/2017 21:57
A Presidência da República informou na noite deste domingo (19/3) que a carne bovina da churrascaria onde Michel Temer e os embaixadores jantaram era brasileira. A declaração foi divulgada após funcionários do estabelecimento afirmarem que o produto seria importado da Argentina, do Uruguai e da Austrália.
“Todas carnes servidas neste domingo ao presidente Michel Temer e aos embaixadores convidados para jantar na churrascaria Steak Bull foram de origem brasileira. A gerência do estabelecimento inclusive apresentou os produtos servidos a órgãos sérios da imprensa que questionaram a origem do produto”, dizia a nota da Presidência.
Temer e a comitiva participaram de um rodízio. O Palácio do Planalto reservou uma mesa para 80 pessoas. O preço do rodízio por pessoa foi de R$ 119. O valor incluía carnes, um bufê de saladas, acompanhamentos e sushi. A bebida era à parte.
Temer comeu carne bovina e frango, queijo coalho assado, acompanhado de uma típica caipirinha brasileira. Na mesa, também foi servido vinho tinto, dessa vez nacional, da vinícola Casa Valduga, produzido em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul.
A comitiva sentou em uma grande mesa no centro do salão principal da churrascaria, localizada no Lago Sul, área nobre de Brasília.
Temer estava no centro da mesa, ladeado pelos embaixadores da China e de Angola no Brasil. Entre os ministros presentes estavam Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), Blairo Maggi (Agricultura), Marcos Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços).
O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, não estava presente. Temer passou cerca de uma hora no local. No final, tirou foto com os garçons que o serviram. Em rápida entrevista, disse que a mensagem que queria passar com o jantar era de que não há motivos para causar “terror” no exterior sobre a carne brasileira.
Lembrou que 33 fiscais sanitários estão envolvidos em irregularidades, de um total de quase 12 mil servidores do Ministério da Agricultura, e que dos cerca de 4.830 frigoríficos existentes no País, 21 são investigados e três foram inabilitados.
“Então, não é para causar um terror que hoje está possivelmente se imaginando que possa causar em relação ao exterior”, afirmou.
Temer também rebateu críticas de integrantes da bancada ruralista no Congresso e de empresários de que a Polícia Federal cometeu excessos na Operação Carne Fraca. “Não (houve excessos). Houve uma integração do Ministério da Agricultura e da Polícia Federal”, declarou, sem responder outros questionamentos da imprensa Fonte: Correio Braziliense