Estadão relembra julgamento de Gil há quase 40 anos

Fotos Históricas: o julgamento de Gilberto Gil

Preso por porte de maconha, músico foi condenado a tratamento psiquiátrico

13 de agosto de 2015 | 11h 17

Liz Batista


O músico Gilberto Gil ouve sua sentença, em 15/7/1976. Acervo/ Estadão 

Em  7 julho de 1976 o músico Gilberto Gil foi preso em Florianópolis por ter sido econtrado maconha em seu quarto de hotel. O caso foi amplamente noticiado e colocou em foco a legislação brasileira sobre drogas. O cantor alegou ser usuário, “não sou viciado, não gosto dessa ideia de vício. Realmente uso maconha, a primeira vez que fumei foi há oito anos (…)”. Na época uma parcela da opinião pública entendeu que a lei havia sido aplicada com excessivo rigor.

O Estado de S.Paulo- 16/7/1976

Quase quarenta anos depois da prisão de Gilberto Gil, a questão do porte de drogas volta à pauta no Supremo Tribunal Federal, que decide nessa quinta-feira (13) se portar drogas para consumo próprio deve ser considerado crime.

As matérias sobre o caso mostram como Gil assumiu uma postura tranquila durante todo o processo. Perante o juiz ele se declarou culpado e acatou a sentença, internação para tratamento da dependência química.    .

Devassa nos Doces Bárbaros.  Era quarta-feira de manhã quando os policiais da Delegacia de Tóxicos de Florianópolis entraram nos quartos do hotel onde dos músicos e a equipe da produção do show dos Doces Bárbaros estavam hospedados. Os policiais que conduziam a revista buscaram por drogas nos quartos de Gal Costa, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil e de outros músicos da banda. Encontraram alguns cigarros de maconha  e vidros com comprimidos de Valium. O que determinou a prisão de Gil e do baterista Francisco Edmundo Azevedo foi a quantidade de maconha encontrada com eles. Levado para prestar depoimento, o cantor foi liberado para tocar no show marcado para aquela noite. Após a apresentação retornou à cadeia. Os fãs que estavam no show ficaram revoltados com a situação.

O Estado de S.Paulo- 08/7/1976
 

Julgamento. O caso foi julgado em 15 de julho de 1976. Repórteres, cinegrafistas e fotógrafos se amontoaram na sala da 1ª Vara Criminal de Florianópolis para ouvir as posições da acusação e do acusado durante quase duas horas de sessão. Gil declarou-se culpado e sua defesa pediu a substituição da pena carcerária por internação hospitalar para tratamento da dependência. O pedido foi acatado na sentença. O mesmo desfecho teve o caso de Edmundo Azevedo. Ambos puderam transferir a internação o para o Rio de Janeiro. Após 5 dias, em 20 de julho, Gil retornou ao Rio, com a obrigação de manter visitas periódicas ao Sanatório Botafogo, para tratamento ambulatorial.

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