Desemprego aumenta no Distrito Federal e em outros 11 estados no primeiro trimestre

Taxa de desocupação do Distrito Federal, no entanto, ainda é menor do que a registrada no 1o trimestre de 2019

A taxa de desocupação do Distrito Federal no 1o trimestre de 2020 foi de 13,6%, valor 1,1 ponto percentual superior àquele verificado no trimestre de outubro a dezembro de 2019 (12,5%). Na comparação com o mesmo trimestre de 2019 (14,1%), houve queda de 0,5 p.p. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada hoje (15/04), pelo IBGE.

No Brasil, a taxa de desocupação foi de 12,2%, ou seja, aumentou 1,3 p.p. em relação ao 4o trimestre de 2019 (11%) e registrou queda de 0,5 p.p.  frente ao 1o trimestre de 2019 (12,7%). Ou seja, o desemprego, no Distrito Federal (e de outras 14 unidades da Federação), foi superior à média do Brasil, e ficou na 13a posição na comparação com os estados. O país tinha 12,9 milhões de pessoas sem trabalho no primeiro trimestre, conforme já divulgado pelo Instituto.

As maiores taxas foram observadas na Bahia (18,7%), Amapá (17,2%) e Alagoas (16,5%) e as menores em Santa Catarina (5,7%), Mato Grosso do Sul (7,6%) e Paraná (7,9%). Os estados que tiveram maior variação em relação ao 4otrimestre de 2019, em pontos percentuais, foram Maranhão (3,9 p.p.), Alagoas (2,9 p.p) e Rio Grande do Norte (2,7 p.p). Em comparação com 1o trimestre de 2019, o único estado com variação positiva foi a Paraíba (2,7 p.p), seis tiveram queda na taxa de desocupação e o restante se manteve estável.

Em comparação com as capitais, o Distrito Federal teve a 12a com maior taxa de desocupação. Manaus (18,5%), Salvador (17,5%) e Macapá (17,3%) tiveram as maiores taxas; Goiânia (7,2%), Campo Grande (8,5%) e Florianópolis (8,8%), as menores. 

A pesquisa aponta, também, que as desigualdades permaneceram acentuadas em diversos segmentos da sociedade no primeiro trimestre do ano. Entre as pessoas que se declararam pretas e pardas, no Distrito Federal, o desemprego avançou, de 14,1% e 12,6%, no quarto trimestre de 2019, para, respectivamente, 15,7% e 15,5%, enquanto o das brancas caiu de 11,8% para 10,9%. 

A taxa de desocupação, no Distrito Federal, no 1o trimestre de 2020, foi estimada em 10,6% para os homens e 17% para as mulheres. Ou seja, em comparação com o trimestre anterior  desemprego teve  queda de 0,2 p.p. para os homens e alta de 2,7 p.p. para as mulheres. A avaliação dos grupos de idade mostra que, no Distrito Federal, a taxa de desocupação aumentou mais para as pessoas de 40 a 59 anos, de 5,6% para 8,5%. 

Subutilização avança no Distrito Federal

No 1o trimestre de 2020, no Distrito Federal, a taxa composta de subutilização da força de trabalho – percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada – foi de 22,9%, o que o coloca, dessa forma, abaixo da média do Brasil (24,4%) e bem distante dos estados com maiores taxas, Piauí (45%), Maranhão (41,9%) e Bahia (39,9%). Apesar disso, o Distrito Federal está entre os dez estados que registraram avanço na taxa de subutilização, cujo aumento foi de 2,7 p.p., em comparação com o trimestre anterior.

Coleta por telefone 

Em função da pandemia de Covid-19 e de acordo com as orientações do Ministério da Saúde, o IBGE interrompeu a coleta presencial de todas as pesquisas no dia 17 de março de 2020. Desde então, foi instituído um plano de contingência para manter a realização da coleta das informações das pesquisas por telefone. 

O número do telefone de contato para alguns domicílios visitados anteriormente pelo IBGE já constava na base de dados da PNAD Contínua. Através do pareamento da lista de domicílios da pesquisa com bases de dados disponíveis no próprio Instituto e diversas ações promovidas nos 27 estados, está sendo possível obter os telefones para realização da pesquisa.

A PNAD Contínua Trimestral, referente ao 1º trimestre de 2020, mostrou que, no Distrito Federal, o percentual de empregados com carteira de trabalho assinada era de 81,2% do total de empregados no setor privado. Já no Brasil, eram 75,0%. Os maiores percentuais estavam em Santa Catarina (88,8%) e no Paraná (82,1%), e os menores, no Maranhão (48,3%) e no Piauí (53,9%). Nesta categoria de emprego, no Distrito Federal, houve uma queda de 4 mil empregados na comparação com o 4º trimestre de 2019.

O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria era de 26,2%. As unidades da federação com os maiores percentuais foram Amapá (39,5%) e Pará (35,2%). Os menores estavam no Distrito Federal (19,3%) e em São Paulo (21,9%).

No 1º trimestre de 2020, o Distrito Federal tinha 1,42 milhão de pessoas ocupadas, contra 1,45 milhão registradas no 4º trimestre de 2019 (queda de 1,5%).

Também no 1º trimestre de 2020, a taxa de informalidade alcançou 39,9% no país (era 41% no trimestre anterior) e, entre as unidades da federação, as maiores taxas foram registradas no Pará (61,4%) e Maranhão (61,2%) e as menores em Santa Catarina (26,6%) e Distrito Federal (29,8%). Para o cálculo da taxa de informalidade da população ocupada, a pesquisa considera como informais os empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada, empregados domésticos sem carteira de trabalho assinada, empregadores sem registro no CNPJ, trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ e trabalhadores familiares auxiliares.

O Distrito Federal tinha, no 1º trimestre de 2020, o quarto maior percentual (72,5%) de pessoas ocupadas contribuintes de instituto de previdência, sendo o maior percentual atribuído à Santa Catarina (81,9%), enquanto Pará (38,5%) e Maranhão (37,8%) tinham os menores.

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