Pesquisadores da rede pública se unem para estudar coronavírus

6 Profissionais da saúde têm buscado respostas, por exemplo, sobre como vírus age gravemente em pacientes e, em outros casos, são assintomáticos

Estudiosos da saúde do DF e da UnB vão analisar materiais coletados de pacientes que contraíram o vírus. Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília



Pesquisadores da rede pública de saúde do Distrito Federal se uniram para entender melhor o desenvolvimento e evolução do coronavírus, causador da Covid-19, em pacientes. Diversos estudos foram iniciados na segunda-feira (25) para tentar buscar respostas como: por que alguns pacientes evoluem gravemente e outros são assintomáticos? Por que pessoas com obesidade e hipertensão arterial são consideradas do grupo de risco? É possível prever que um paciente vá evoluir de forma mais grave? Existe predisposição genética para essa doença?

Esses e muitos outros questionamentos uniram aproximadamente 100 profissionais da saúde do DF e da Universidade de Brasília (UnB), que vão analisar materiais coletados de pacientes que contraíram o vírus. Parte dos trabalhos envolve biomarcadores, que são moléculas que podem ser medidas em exames de sangue e capazes de servir como marcadores de alguma doença. Os biomarcadores apresentam aplicações clínicas importantes no diagnóstico, prognóstico e classificação do desenvolvimento de uma doença.

“A Covid-19 é uma doença que sabemos tão pouco e há muitas perguntas ainda a serem respondidas. O estudo procura avaliar biomarcadores no intuito de tentar sanar alguns questionamentos, comparando como estão os biomarcadores em casos graves e em casos leves da doença e quais são essas diferenças. Isto poderá ajudar na pesquisa de novos medicamentos”, explica a médica Gabriela Jardim, participante dos estudos e lotada no Hospital Regional de Taguatinga.

A pesquisa dos biomarcadores será feita a partir da coleta de sangue dos pacientes – após o seu consentimento  – que derem entrada no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), Hospital Universitário de Brasília (HUB), Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e Hospital Regional do Gama (HRG) com suspeita ou confirmação de coronavírus.

Há várias linhas de pesquisa em andamento, desde o impacto psicológico nos pacientes e profissionais de saúde que contraíram a doença até os efeitos do coronavírus na gestação, parto e desenvolvimento infantil. Os estudos também vão procurar saber o ponto de vista dos pacientes com doenças reumáticas sobre a Covid-19.

No estudo sobre as gestantes e desenvolvimento infantil, a pesquisadora Licia Maria Henrique da Mota, autora de outras seis pesquisas sobre Covid-19, indica que o grupo de mulheres estudadas será daquelas infectadas durante a gestação. Será realizado acompanhamento pré-natal e assistência ao parto no HUB, registrando os dados clínicos, obstétricos e do desenvolvimento fetal entre outras medidas e escopos. IAN FERRAZ, DA AGÊNCIA BRASÍLIA | EDIÇÃO: FREDDY CHARLSON

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