Agosto Lilás: mês de enfrentamento da violência contra a mulher

É preciso ficar alerta pois muitas violências não são percebidas, explica a especialista em direito de família Antônia Chaveiro Martins

O Agosto Lilás é uma campanha que tem como objetivo dar visibilidade a um tema muito importante: violência contra a mulher. A data tem como objetivo intensificar a divulgação da Lei Maria da Penha, que completa 16 anos esse mês, sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre o fim da violência contra as mulheres.

A advogada especialista em direito da família Antônia Chaveiro Martins, do escritório Brasil e Silveira, reforça a importância de ter um mês dedicado ao combate desse tipo de violência. Antônia explica que não existe apenas um tipo de violência para ser combatida, e que muitas às vezes não são percebidas 

“A violência se dá de várias maneiras:  física, sexual, psicológica, patrimonial e moral. Existem os mais diversos tipos de violências e em muitos casos ela nem é percebida. Como, por exemplo, em casos de coação e ameaças relacionadas à guarda de filhos e filhas, quando há algum tipo de alienação parental.”

A psicóloga Bruna Capozzi, do instituto Meraki- Saúde Mental, afirma que as vítimas têm sua saúde mental comprometida, por interferir na sua crença sobre sua competência. Bruna destaca ainda que essas mulheres podem ainda apresentar dificuldade na capacidade de se comunicar com outras pessoas.

“Essas mulheres podem apresentar quadros como depressão, insônia, pressão alta, palpitação e entre outros. O fato é que as mulheres que são vítimas de violência doméstica buscam assegurar sua própria proteção e a de seus filhos. Essas mulheres ficam nos relacionamentos por sentirem medo, vergonha ou pela falta de recursos financeiros.” 

A psicóloga diz que muitas são as mulheres que tem medo de denunciar e que acabam ficando um um relacionamento abusivo e de violência por conta de uma dependência emocional depositada no agressor ou até mesmo a falta de autoestima e o medo e a de não conseguir seguir sozinha. 

“A questão mais importante nesses casos é a falta de força para interromper o ciclo de violência. Muitas vezes, essas mulheres sentem-se fragilizadas e isso faz com que elas permaneçam na situação de violência. Outras vezes, ficar é uma questão de sobrevivência

dela ou dos filhos.”

A advogada explica que uma relação deve ser feita de bons momentos e não ter casos de violência ou coação. Antônia afirma que é necessário que a vítima denuncie casos de violência, seja ela qual for. 

“Uma relação não saudável é prejudicial não apenas para os genitores, mas também para todos os que estão envolvidos diretamente nessa relação – em especial, os filhos. Se você for vítima de qualquer tipo de violência: não se cale!”

Para denunciar casos de violência contra a mulher, qualquer pessoa pode ligar para o número 180. A ligação é gratuita e o anonimato é garantido. No caso da mulher vítima de violência, ela pode acionar a polícia pelo número 190, pode ir até à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) ou ligar para o 180.

A violência contra a mulher é qualquer ato que gere ou tenha a probabilidade de gerar dano ou sofrimento, seja ele físico, psicológico, sexual, patrimonial ou moral a mulher.

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