Estudo revela que atividade física intensa de curta duração ajuda e protege contra doenças neurológicas

Crédito: Divulgação- Freepik

Com a ação, uma proteína especializada é liberada sendo importante para uma memória saudável. Especialistas dão outras dicas para trabalhar melhor as recordações

Uma pesquisa recente do “The Journal of Physiology”, afirma que seis minutos diários de exercício de alta intensidade podem prolongar a vida útil de um cérebro saudável e retardar o aparecimento de distúrbios neurodegenerativos, como as doenças de Alzheimer e de Parkinson. O estudo afirma que a atividade aumenta a produção de uma proteína especializada que é essencial para o aprendizado e a memória, o que pode proteger o cérebro do declínio cognitivo relacionado à idade.

A proteína especializada é chamada de Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF, na sigla em inglês) e promove a neuroplasticidade (capacidade do cérebro de formar novas conexões e caminhos) e a sobrevivência dos neurônios. Essas qualidades levaram cientistas a aprofundar as pesquisas relacionando essa proteína ao envelhecimento.

A memória é a capacidade do cérebro de armazenar informações e sempre que necessário, acessá-las. Os tipos de memória são: memória de curto e longo prazo, memória de trabalho, memória sensorial, verbal, episódica, semântica e processual.

De acordo com a neurologista Aline Leite Duarte, do Instituto de Neurologia de Goiânia, para avaliar se uma pessoa tem uma boa memória, todas as variações devem ser avaliadas, sendo portanto, importante a avaliação de um profissional especialista na área.

“Como referido, a avaliação da memória deve ser realizada por um profissional especialista – médico neurologista, com testes clínicos adequados, além de uma boa avaliação que vai desde os sintomas iniciais até o momento da observação clínica, realizado com base nas lembranças do paciente”, explica Aline.

Dicas de como trabalhar a memória

Segundo a neurologista, vários exercícios podem ser realizados para trabalhar a memória: caça-palavras, jogos de memória, palavras-cruzadas, leitura, aprender novos idiomas; e o mais importante, é ter estímulos diferentes cerebrais. “Se eu fizer somente caça-palavras posso ter excelente desempenho neste exercício, porém não necessariamente, irá melhorar a memória”, explica a especialista.

Além disso, Aline conta que dormir depois que se aprende uma coisa nova, faz com que a pessoa memorize melhor aquilo que aprendeu. “O sono profundo é importante para a consolidação da memória. Existem estudos que comprovam que o sono favorece a conexão entre os neurônios através das sinapses”, conclui a neurologista.

Já o psiquiatra do Hospital Anchieta de Brasília Pedro Leopoldo conta que os exercícios têm que ser tanto físicos quanto psicológicos. “Trabalhamos com dois conceitos: o exercício físico propriamente dito, que produz substâncias benéficas ao cérebro, e os chamados exercícios cognitivos que não precisam ser só exercícios, mas ocupações de lazer”, conta o especialista.

Memória x Alzheimer

Uma das doenças mais influenciadas pela memória é o Alzheimer. A doença é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais.

O quadro de demência é uma condição que pode acontecer com o avançar da idade, mas também pode ser uma condição clínica entre jovens. São várias causas do distúrbio, dentre elas, a doença de Alzheimer. É função do psiquiatra, do neurologista ou do geriatra avaliar o tipo de demência que está acometendo a pessoa e quais as causas.

O psiquiatra explica que no acompanhamento de pessoas com Alzheimer é recomendado que sejam feitas avaliações neuropsicológicas, neurológicas, avaliações psiquiátricas, além de incluir na rotina atividades físicas e caso mais específicos, medicações controladas.

“A abordagem da psiquiatria é bastante cuidadosa porque precisa ser avaliado a presença de transtornos psiquiátricos, transtornos orgânicos, condições psicológicas, condições sociais e emocionais que podem estar presentes na rotina, na vida da pessoa que tem a doença”, conclui Leopoldo.

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