Hospital de Santa Maria oferece tratamento a pacientes com vitiligo 

Para combater o preconceito e vencer a doença, o 1º de agosto foi instituído com o Dia dos Portadores de Vitiligo 

O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) dispõe de um serviço especializado no tratamento de uma doença que abala a autoestima de quem a possui: o vitiligo. Esse serviço é prestado pela equipe de dermatologia do Ambulatório do HRSM, unidade administrada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF). 

O atendimento para pacientes com vitiligo ou com outras doenças dermatológicas ocorre sempre as quartas e quintas-feiras. A procura para tratar vitiligo, porém, ainda é pequena, segundo a dermatologista do HRSM Juliana Araújo, para quem o preconceito ainda é um grande obstáculo contra a doença. Mas o que muitos ainda não sabem é que o tratamento do HSRM tem dados bons resultados, segundo a médica. 

Objetivando dar mais visibilidade ao assunto, o Ministério da Saúde instituiu o 1º de agosto como o Dia Nacional dos Portadores de Vitiligo, doença não contagiosa que causa perda da coloração da pele e que afeta 1% da população mundial e 0,5% dos habitantes do Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). 

“Dar visibilidade a essa questão é de extrema importância para acabar com o preconceito da doença e incentivar às pessoas a buscarem o tratamento mais precocemente possível, além de oferecer apoio emocional aos portadores de vitiligo”, ressalta Juliana Araújo. 

Unidades que prestam o serviço 

Além do Ambulatório do HRSM, outras duas unidades da rede pública de saúde também atendem portadores de vitiligo: o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) ou o Hospital Universitário de Brasília (HUB). No Ambulatório dói Hospital de Santa Maria são atendidos os casos menos graves, quando a doença atinge apenas uma parte do corpo. Já os casos em que a doença está mais avançada, afetando diversas áreas do corpo, são encaminhados para os outros dois hospitais de referência. 

O tratamento no HRSM é feito com o uso de medicamentos orais e/ou tópicos (usados na pele). Eles são aplicados para cessar ou estabilizar o quadro de lesões, além de repigmentar a pele do paciente. “É um procedimento muito individual, que exige uma frequência específica, determinada pelas características das lesões de cada paciente”, explica a médica. 

O tratamento dos casos mais graves é feito por meio de sessões de fototerapia, feitas com um aparelho especial que emite raios ultravioletas sobre a pele atingida, diminuindo a mancha branca no corpo, típica do vitiligo. Tanto o HRAN quanto o HU dispõem desse aparelho. 

 O que é vitiligo 

O vitiligo é uma doença genética caracterizada pela perda da coloração da pele. A macha branca que descolore a pele ocorre porque o organismo do portador da doença não reconhece os melanócitos, que são as células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele. Ela causa lesões cutâneas, ou seja, as manchas brancas na pele. Essas manchas aparecem em diversos formatos e áreas do corpo. 

O vitiligo, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, pode ser classificado em dois tipos: segmentar (ou unilateral), quando se manifesta apenas em uma parte do corpo; e não segmentar (ou bilateral), que é o tipo mais comum e ocorre com mais freqüência nas extremidades do corpo, como mãos, pés, nariz e boca. 

As causas da doença não são claramente estabelecidas. Podem acometer em indivíduos em diversas fases da vida, desde crianças até idosos. Entre os fatores que podem desencadear ou agravar a doença estão o estresse e traumas emocionais. 

 Sintomas 

A maioria dos pacientes de vitiligo não manifesta qualquer sintoma além do surgimento de manchas brancas na pele. Em alguns casos, relatam sentir sensibilidade e dor na área afetada. 

O diagnóstico é essencialmente clínico, pois as manchas hipopigmentadas têm, geralmente, localização e distribuição características. A biópsia cutânea revela a ausência completa de melanócitos nas zonas afetadas, exceto nos bordos da lesão. Já o exame com lâmpada de Wood pode ajudar na detecção da doença em pacientes de pele branca. 

 Prevenção 

Os pacientes devem evitar fatores que possam precipitar o aparecimento de novas lesões ou acentuar as já existentes, como usar roupas apertadas ou que provoquem atrito ou pressão sobre a pele. Diminuir a exposição ao sol e controlar o estresse são outras medidas recomendas pelos dermatologistas. 

As lesões provocadas pela doença, não raro, impactam significativamente na qualidade de vida e na autoestima. Os dermatologistas alertam que a doença abala o emocional dos pacientes com vitiligo, afetando a autoestima deles. Por isso, na maioria dos casos os especialistas recomendam que o paciente tenha acompanhamento psicológico, o que contribui no resultado positivo do tratamento. 

Reportagem: Thaís Umbelino/ Ascom IGESDF 

Foto: Davidyson Damasceno/ Ascom IGESDF 

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