São Paulo – Nesta manhã, o Itaú Unibanco divulgou uma nota à imprensa para explicar por que denunciou o nome de um conselheiro do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) para a Polícia Federal.

O agente teria tentado vender seu voto no colegiado a representantes do maior banco privado do país.

A partir da denúncia, a PF prendeu o conselheiro em flagrante por volta das 22h30, em Brasília, em uma operação batizada de “Quatro Mãos”, graças à ajuda da instituição financeira.

Apesar da semelhança, a referida ação ocorreu independente das investigações levadas pela operação Zelotes. De qualquer forma, foi a primeira vez que a denúncia partiu de uma empresa.

A identidade do conselheiro não foi divulgada oficialmente mas, segundo a Folha, a pessoa em questão seria João Carlos Figueiredo Neto. Ele teria tentado tirar vantagens do banco em troca de benefícios em julgamento de interesse do Itaú.

A denúncia foi atribuída aos “princípios éticos e de transparência que norteiam” a instituição.

Veja nota do Itaú Unibanco na íntegra a seguir:

Esclarecemos que o Itaú Unibanco foi vítima de conduta inadequada de Conselheiro do CARF, que solicitou vantagens para nos beneficiar em julgamento de caso de nosso interesse. Dados os princípios éticos e de transparência que norteiam nossa atuação, voluntariamente reportamos os fatos às autoridades competentes, que passaram a monitorar as atividades do Conselheiro, culminando em sua prisão no dia de ontem. Com essa atitude, esperamos ter contribuído com a identificação de conduta contrária à ética e à lei.